sexta-feira, 5 de julho de 2024

Destruição de Arborização Urbana em Lagoa Nova mobiliza IDEMA e indigna moradores

Desde o início desta semana, Lagoa Nova está palco de uma forte polêmica após a destruição de várias árvores na Rua Padre Cícero, local onde está sendo iniciado as obras de calçamento. Na tarde desta quinta-feira, 4 de julho, uma equipe do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente - IDEMA esteve presente na cidade para averiguar a situação.

A visita dos profissionais do IDEMA, órgão responsável por fiscalizar empresas para garantir que estejam cumprindo a legislação em conformidade com as leis ambientais, foi motivada pela forte comoção gerada nas redes sociais. Moradores da localidade postaram diversos vídeos que mostravam a devastação causada pela remoção das árvores, realizada para dar lugar à construção de um calçamento.

A repercussão dos vídeos foi imediata, com muitos moradores expressando indignação e preocupação com a já frágil arborização urbana da cidade. Este tipo de situação, onde obras municipais resultam na remoção de árvores, tem sido recorrente em Lagoa Nova, o que agrava a questão ambiental e aumenta a insatisfação da população.

Durante a vistoria, os técnicos do IBAMA avaliaram os impactos ambientais causados pela destruição das árvores e coletaram informações para possíveis medidas corretivas. A presença do órgão federal trouxe um sentimento de esperança para os moradores, que esperam uma solução que possa mitigar os danos ambientais e prevenir novos casos de devastação.

 

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Câmara de Mossoró (RN) acata recomendação do MPF e realiza audiência para reconhecer erro histórico de apoio ao golpe militar

 Evento está marcado para 11 de julho, às 9h, na sede do Poder Legislativo de Mossoró

A Câmara Municipal de Mossoró (RN) acatou recomendação feita pelo Ministério Público Federal (MPF) e promoverá, no próximo dia 11 de julho, às 9h, audiência pública de reparação simbólica e reconhecimento do erro histórico no apoio ao golpe militar ocorrido em 1964.

A recomendação, feita em abril deste ano, veio após o MPF constatar que, no contexto da Justiça de Transição, faltou à casa legislativa atuação mais efetiva em torno da proteção da democracia para além de projetos de Decreto Legislativo e de Lei.

O apoio ao golpe militar, dado pela Câmara Municipal de Mossoró, iniciou-se em abril de 1964, durante a sua terceira sessão ordinária, em que parte dos vereadores requereram, oficialmente, voto de louvor, gratidão e confiança às Forças Armadas, por terem supostamente “restaurado a pátria e o princípio da ordem e da lei” no Brasil.

Após, aprovaram uma moção de congratulação e solidariedade ao general Humberto de Alencar Castelo Branco, eleito então Presidente da República, pelo Congresso Nacional, em 11 de abril de 1964. Por fim, cassaram os mandatos de suplentes de vereadores considerados como “comunistas”. Todas essas atividades eram acompanhadas de perto pelos militares.

Na recomendação, o procurador da República Emanuel de Melo Ferreira destaca que o golpe militar não restaurou a lei e a ordem, mas, na verdade, iniciou uma ditadura que cometeu graves crimes contra a humanidade. Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade (CNV) comprovam crimes como tortura, estupro, homicídios e sequestros, cometidos por agentes do regime contra cidadãos por motivações políticas.

O que se buscou com a recomendação e se pretende atender com a audiência é, entre outras coisas, viabilizar as demandas da Justiça de Transição que busca desenvolver, no Brasil, uma cultura democrática que supere o passado militar autoritário. Além disso, que se concretizem os direitos dos anistiados políticos, que compunham grupo perseguido politicamente durante a ditadura.

Vazamento na Adutora Serra de Santana Interrompe Fornecimento de Água em Lagoa Nova e Bodó

Um vazamento no ramal da adutora Serra de Santana, localizado no centro de Lagoa Nova, provocou a interrupção do fornecimento de água nas cidades de Lagoa Nova e Bodó, além de comunidades abastecidas pelo Consórcio Intermunicipal de Saneamento da Serra de Sant´Ana, (CONISA).

O incidente ocorreu no final da manhã desta quinta-feira (4) e foi causado por uma obra municipal na zona urbana de Lagoa Nova. As equipes de manutenção estiveram no local trabalhando para solucionar o problema.

Previsão de Normalização

A previsão inicial das equipes de manutenção é de que o serviço de reparo seja concluído até o final da tarde desta sexta-feira (5). Após a conclusão dos trabalhos, o sistema de abastecimento será religado, e a normalização do fornecimento de água deve ocorrer gradualmente, com expectativa de restabelecimento completo em até três dias.
Orientações à População

Nota Informativa: Cancelamento do Bloqueio na RN-041 entre Lagoa Nova e Currais Novos

 

Em áudio enviado à nossa redação, o presidente da Associação dos Taxistas de Lagoa Nova, Sr. Dedezinho, informou que o bloqueio previsto para a RN-041, que dá acesso às cidades de Lagoa Nova e Currais Novos, foi cancelado. A ação, que seria realizada para melhorias na via devido às suas más condições, estava programada para iniciar às 6h00 de sexta-feira, dia 5 de julho. O cancelamento se deu em virtude do início da operação tapa-buraco, uma iniciativa prometida pelo governo do estado.

MUSEU DA MACAMBIRA REALIZA OFICINAS EM ESCOLAS PÚBLICAS

O Museu Quilombola de Macambira vem realizando desde o mês de junho de 2024, oficinas de Máscaras Africanas nas escolas públicas do município de Lagoa Nova/RN.

As oficinas têm como objetivos expandir as atividades educativas e culturais do Museu para o território e trabalhar a cultura e identidade afro-brasileira nas escolas públicas da localidade.

As escolas municipais Dom José Delgado e Nossa Senhora da Conceição são as primeiras escolas contempladas com a realização das oficinas, que estão sendo ministradas pelo arte educador Edi Marinho.

Essa iniciativa integra o Plano Anual de atividades 2024 do Museu, que conta com o apoio do Ministério da Cultura através da Lei Rouanet e do patrocínio da empresa Aliança Energia.






Operação Tapa-Buraco em Lagoa Nova repercute em portal potiguar

 

Às vésperas do 2º Festival Gastronômico, que será realizado na capital da serra, Lagoa Nova, o prefeito Luciano Santos, também presidente da Federação dos Municípios do RN (FEMURN), autorizou de forma emergencial uma operação tapa-buraco na RN-087. O reparo foi realizado com barro, um material inadequado para esse tipo de serviço em asfalto, gerando controvérsias e críticas.

O fato foi destaque no Blog do Gustavo Negreiros, que trouxe a matéria sobre a operação iniciada na manhã da última quarta-feira, 3 de julho. No texto, o editor ressalta que, às vésperas do festival, o prefeito Luciano Santos está correndo contra o tempo para tapar os buracos da estrada, utilizando um material de qualidade inferior. A decisão de realizar o reparo com barro gerou preocupações quanto à durabilidade do serviço.

Além disso, o editor do portal criticou o fato de o prefeito não cobrar o governo do estado por uma solução mais adequada, evitando atritos com a governadora Fátima Bezerra. "Ao invés de cobrar do governo do estado, prefere ficar calado para não desagradar Fátima. Sem falar que é um serviço de péssima qualidade e dura menos", destacou o blog. A matéria ainda menciona que o sonho de Luciano Santos é ser secretário de Fátima Bezerra após concluir seu mandato como prefeito em 1º de janeiro.

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Prefeitura de Lagoa Nova solicita aval da Câmara para contratação de empréstimo de R$ 20 Milhões de reais

Está em análise nas comissões da câmara de vereadores de Lagoa Nova/RN o polêmico Projeto de Lei Municipal nº 019/2024. O projeto autoriza o Poder Executivo municipal a contratar uma operação de crédito com instituições financeiras autorizadas pelo Tesouro Nacional, com a garantia da União, e inclui outras providências.

De acordo com o projeto, a operação de crédito proposta será de até R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) na modalidade de Apoio Financeiro – Aporte. Esses recursos serão destinados à execução de obras de infraestrutura urbana.

Condições de Financiamento

Para a captação desta operação de crédito, foram apresentadas as condições de financiamento das principais instituições financeiras credenciadas pelo Tesouro Nacional, incluindo Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil S/A e Banco do Nordeste do Brasil S/A. A simulação prévia das condições inclui:

  • Carência: 24 meses
  • Prazo de Amortização (após a carência): 8 anos (96 meses)
  • Prazo total: 10 anos (120 meses)

Repercussão e Análise

O projeto gera controvérsias.Em conversa com profissionais da área de finanças governamentais, há preocupações significativas de que esta operação de crédito possa deixar o município inviável financeiramente no longo prazo. As condições de financiamento, especialmente a taxa de juros e o período de amortização, são vistas como desfavoráveis por alguns especialistas.

Reunião na Sala dos Conselhos

Para apresentar o projeto detalhadamente, houve uma reunião na Sala dos Conselhos, local onde são realizadas as sessões legislativas. A reunião contou com a presença de técnicos da Caixa Econômica Federal e vereadores,realizada na última terça-feira, 2 de julho, onde foram feitos esclarecimentos e discussões sobre os termos e impactos do empréstimo.

Próximos Passos

Atualmente, o projeto foi apresentado aos vereadores e está sendo analisado pelas comissões pertinentes. Após essa análise, será submetido à votação em plenário em uma sessão extraordinária, devido ao recesso dos trabalhos legislativos. A decisão sobre a aprovação ou rejeição do projeto será crucial para o futuro econômico e infraestrutural de Lagoa Nova.

terça-feira, 2 de julho de 2024

ATINGIDOS PELAS RENOVÁVEIS VÃO PARA O CONFRONTO CONTRA OS PARQUES EÓLICOS

Movimento social rebate pressão da Abeeólica por normas ambientais mais flexíveis

A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, partiu para a ofensiva exigindo normais ambientais ainda mais flexíveis para facilitar a construção dos complexos de energia eólica, principalmente em alto mar, no estado do Rio Grande do Norte, como nessa entrevista ao jornal Tribuna do Norte. Foi a deixa para que o Movimento dos Atingidos pelas Renováveis (MAR) decidisse rebater os argumentos, emitindo uma nota apontando todos os que consideram críticos nas “reivindicações” da empresária.

Segundo dados da Abeeólica, o Brasil possui 1043 complexos eólicos, sendo 303 deles no Rio Grande do Norte, o segundo maior do país, ficando atrás apenas da Bahia. Isso ocorre pela característica dos ventos do estado, como ressaltou Gannoum em entrevista. “O recurso eólico do estado é um dos melhores recursos do País, toda região Nordeste é muito boa em termos de ventos. Os melhores recursos do País estão aqui na região Nordeste e com muito destaque para o para o Rio Grande do Norte, Bahia, Ceará e o Piauí”, destaca.

No entanto, o MAR atribui um outro fator para este sucesso: “o RN se destaca como o estado que tem a legislação ambiental mais flexível e favorável à expansão volátil do capital financeiro que envolve o mercado de eólica nacional e internacional. Por outro lado, o principal produtor da fonte eólica nacional não tem legislado em favor de processos que aliem sustentabilidade, mitigação e justiça socioambiental em seu território, que já configura mais de 15 anos de exploração contínua dessa fonte energética”.

Entre as afirmações, a gestora falou sobre investimentos, legislação e geração de emprego, reforçando o potencial do RN para a implantação das offshores, sistema de energia eólica gerada em alto-mar. E também reforçou a corrida entre os estados para saber quem iniciará nestes complexos atrelados à exploração de hidrogênio verde. Atualmente existem 95 projetos eólicos offshores no país.Os ativistas do movimento ressaltam que a representante das empresas, em nenhum momento, os impactos ambientais, nem conflitos com a população do território e as consequências que um empreendimento eólico pode causar.

“O MAR tem travado uma luta exaustiva, exigindo maior regulação socioambiental, queremos garantias de segurança e manutenção do equilíbrio da sociobiodiversidade aqui existente. Temos, inclusive, cobrado o reconhecimento dos nossos povos e comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, caatingueiros, pescadores, marisqueiras e ciganos) e o cumprimento da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), no que diz respeito à consulta livre, prévia e informada às comunidades que estão com seus territórios especulados pela indústria das energias renováveis”, continua a nota.

Por este motivo, o MAR também faz críticas ao governo potiguar, comandado atualmente pela governadora Fátima Bezerra (PT), e ao poder político, que estariam considerando apenas as demandas das empresas e endossando o discurso da “energia limpa”. Na quinta-feira, 27 de junho, Bezerra recebeu as reivindicações dos atingidos pelas renováveis no encerramento do Grito da Terra, mobilização dos trabalhadores rurais potiguares.

“Afirmamos que não é limpa, uma vez que causa diversos impactos ambientais, sociais, culturais e na saúde das pessoas do entorno dos empreendimentos, sendo necessário olhar para toda a sua cadeia produtiva e não apenas para o seu produto final”, destacam.

A Marco Zero acompanha o impacto das eólicas há muitos anos. Em uma dessas coberturas, a repórter Giovanna Carneiro, contou um pouco da experiência ao visitar o estado, começando pela comunidade de Enxu Queimada, no município de Pedra Grande. Nela, é possível compreender os impactos causados pelos aerogeradores nas comunidades do sertão ao litoral do Rio Grande do Norte.


Por Jeniffer Oliveira

Jornalista formada pelo Centro Universitário Aeso Barros Melo – UNIAESO. Contato: jeniffer@marcozero.org.

 

Principais restrições do calendário eleitoral começam em julho

Primeiro turno das eleições municipais será no dia 6 de outubro

A partir deste mês, começam a valer as principais restrições previstas no calendário eleitoral para impedir o uso da máquina pública a favor de candidatos às eleições municipais de outubro. As vedações estão previstas na Lei das Eleições (Lei 9.504/1997).

No dia 6 de julho, três meses antes do pleito, começam as restrições para contratação e demissão de servidores públicos. A partir do dia 20, os partidos podem realizar suas convenções internas para a escolha dos candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereadores.

O primeiro turno das eleições será no dia 6 de outubro. O segundo turno da disputa poderá ser realizado em 27 de outubro nos municípios com mais de 200 mil eleitores, nos quais nenhum dos candidatos à prefeitura atingiu mais da metade dos votos válidos, excluídos os brancos e nulos, no primeiro turno.

Confira as principais restrições

6 de julho

Nomeação de servidores - a partir do próximo sábado (6), três meses antes do pleito, os agentes públicos não podem nomear, contratar e demitir por justa causa servidores públicos. A lei abre exceção para nomeação e exoneração de pessoas que exercem função comissionada e a contratação de natureza emergencial para garantir o funcionamento de serviços públicos essenciais.

Concursos - A nomeação de servidores só pode ocorrer se o resultado do concurso foi homologado até 6 de julho.

Verbas - Os agentes públicos também estão proibidos de fazer transferência voluntária de recursos do governo federal aos estados e municípios. O dinheiro só pode ser enviado para obras que já estão em andamento ou para atender situações de calamidade pública.

Publicidade estatal - A autorização para realização de publicidade institucional de programas de governo também está proibida. Pronunciamentos oficiais em cadeia de rádio e televisão e a divulgação de nomes de candidatos em sites oficiais também estão vedados e só podem ocorrer com autorização da Justiça Eleitoral.

Inauguração de obras - Também fica proibida a participação de candidatos em inaugurações de obras públicas.

20 de julho

Convenções - A partir do dia 20 de julho, os partidos políticos e as federações poderão escolher seus candidatos para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. O prazo para realização das convenções termina em 5 de agosto.

Gastos de campanha - Na mesma data, o TSE divulgará o limite de gastos de campanha para os cargos que estarão em disputa.

Direito de resposta - Também começa a valer a possiblidade de candidatos e partidos pedirem direito de resposta contra reportagens, comentários e postagens que considerarem ofensivas na imprensa e nas redes sociais.

A Contradição de Lagoa Nova: Sem uma unidade de restaurante populares mesmo com proximidade governamental

 

Enquanto Mossoró celebra a inauguração de mais uma unidade do Restaurante Popular, , fornecendo 700 refeições diárias, Lagoa Nova, a capital da serra, fica apenas com o aroma. Esta nova unidade se junta às outras quatro já existentes na cidade, reforçando o compromisso com a segurança alimentar e nutricional da população. Mas por que Lagoa Nova, mesmo com sua proximidade e influência junto ao governo estadual, ainda não possui sequer uma unidade desse serviço essencial?

O Programa Restaurante Popular, administrado pela Coordenadoria Operacional de Desenvolvimento Social (CODES) e vinculado à Secretaria Estadual do Trabalho e Assistência Social (Sethas), serve diariamente cerca de 30 mil refeições em todo o estado do Rio Grande do Norte. Com 56 unidades espalhadas por 34 municípios, o programa tem como objetivo principal atender a população em situação de insegurança alimentar, oferecendo refeições saudáveis a um preço simbólico de R$ 1,00. O investimento anual no programa é de aproximadamente R$ 47 milhões, provenientes do Fundo Estadual de Combate à Pobreza (FECOP).

Lagoa Nova, uma cidade em ascensão no turismo e administrada pelo presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (FEMURN), possui uma proximidade evidente com as decisões do governo estadual. No entanto, mesmo sendo um município proeminente e com potencial turístico crescente, não se vê beneficiado pelo Programa Restaurante Popular. A ausência de uma unidade na cidade levanta questionamentos sobre a eficácia da gestão local e o real comprometimento com a melhoria das condições de vida da população.

A disparidade é clara e desconcertante. Mossoró, já bem atendida pelo programa, continua a expandir suas unidades, enquanto Lagoa Nova, uma cidade igualmente necessitada e com um administrador influente, não consegue implementar um serviço que poderia transformar a vida de muitos de seus moradores.

A criação do Programa Restaurante Popular em 2002 trouxe um alívio para muitos potiguares, garantindo acesso a uma alimentação digna e nutritiva. No entanto, a desigualdade na distribuição dessas unidades reflete uma disparidade que não deveria existir, especialmente em cidades que possuem liderança com capacidade de influência direta junto ao governo estadual.