sexta-feira, 2 de março de 2012

Justiça diminui burocracia para o reconhecimento de paternidade

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Secretaria de Comunicação Social do TJRN


Determinação da Corregedora Nacional de Justiça, Ministra Eliana Calmon, diminui a burocracia relacionada com os processos de reconhecimento de paternidade.
Trata-se do Provimento 16.
A partir de agora, qualquer pessoa que não tenha o nome do pai em seu registro de nascimento pode recorrer ao cartório de registro civil mais próximo a fim de começar a resolver o problema.
Caso o suposto pai não proceda ao reconhecimento de forma espontânea, o processo será encaminhado ao Ministério Público ou a Defensoria Pública para que seja iniciada ação judicial de investigação.
A iniciativa faz parte do programa “Pai presente”, em execução no Rio Grande do Norte desde que foi lançado pelo CNJ, em agosto de 2010, com o objetivo de reduzir o número de pessoas sem paternidade reconhecida no Brasil.

Por que os pais não amam a verdade

paiefilho-300x287 O pai do garoto britânico Dominic Stacey, de 8 anos (ambos na foto), sempre se esquivou de dizer a verdade quando o filho perguntava sobre o cansaço em suas pernas. Certo dia, por curiosidade, Stacey digitou o nome de sua doença no Google e descobriu: distrofia muscular de Duchenne é uma doença degenerativa que limita os movimentos até paralisar as pernas, impedir a fala, a respiração e causar a morte

Assim que seus pais chegaram em casa, Stacey disse: “Por que vocês mentiram pra mim?”. “Já sei que vou morrer”. Os pais Dominic e Caroline, de acordo com matéria publicada no jornal Daily Mail, tentaram contornar a situação, mas Stacey ficou descontrolado. Passou a ter pesadelos à noite e a chamar os pais para abraçá-lo com frequência. O sorriso da foto se tornou cada vez mais raro. Stacey é uma criança mais triste hoje.

Uma verdade dura como essa merece ser dita a uma criança? É dever de um pai ou de uma mãe anunciar um futuro tão sombrio ao próprio filho? Vai ser útil para a criança conviver com uma sentença como essa? No universo infantil, a sensação de morte iminente deve se parecer com um quarto escuro lotado de monstros. Ou em uma espécie de pesadelo de adulto em que não é permitido voar com as fadas ou incorporar o poder de um super-herói quando algo dá errado. Falar que ela vai morrer é como roubar-lhe todos os sonhos e toda a infância.

Sim, a verdade costuma ser a melhor alternativa em boa parte das situações. Nunca falei aos meus filhos que Papai Noel entra pela porta e deixa um presente na noite de natal. Também nunca disse a minha menina de 7 anos que ela veio da cegonha. Expliquei o que é preciso fazer para ficar grávida. Ela achou esquisito, um pouco nojento, mas senti que ficou feliz por eu não tê-la subestimado. No caso de seu filho ter uma doença terminal, no entanto, a verdade também está acima de tudo? Não tenho certeza. E você, o que pensa?

Igrejas evangélicas viram celeiro de profissionais para músicos e bandas

Formados nos templos, profissionais fazem carreira no mercado secular.
Educação gospel abastece bandas de Fábio Junior a Racionais MC's.

Aldo Gouveia já flanou por bandas de rap ao melodrama de Fabio Junior  (Foto: Caio Kenji/G1)

Aldo Gouveia canta com Fábio Junior e diz que Mano
Brown já foi a cultos atrás de músicos

“Esse cara é bom, vem da igreja” é uma expressão comum, usada por músicos como Simoninha, na hora de avaliar alguns dos profissionais que trabalham com eles - no caso da banda do carioca, quatro dos sete músicos se encaixam na descrição. O papel preponderante da música dentro das inúmeras variantes de igrejas evangélicas no Brasil, criou, involuntariamente, um mercado paralelo de capacitação.

“A gente fala brincando, entre os músicos que não são religiosos, que não têm vínculo nenhum. É uma forma de dizer que o cara é disciplinado, maduro e competente. Tem muita gente dessas igrejas no meio musical, um acaba puxando o outro”, explica o filho de Simonal.

Alguns profissioanais, como Robinho Tavares, baixista de sua banda há 12 anos, chegam a atrair uma legião de fãs evangélicos por onde a turnê de Simonal passa. " Já virou piada. Vamos fazer show tem seguidores do Robinho, ele tem fãs no país inteiro."

Cantar é parte importante dos cultos evangélicos. Com a abrangência da oportunidade de integrar a parte musical do louvor, quem se converte muitas vezes acaba descobrindo um talento ou, pelo menos, a possibilidade de aprender a tocar um instrumento e cantar. O esquema é colaborativo, ou “mambembe mesmo, sem regra, ar condicionado, estrutura de sala de aula. É na base da repetição e autodidatismo”, como define o regente Nilton Silva, 37.

Como muitos talentos, ele cresceu no meio religioso. Seu pai, também maestro, logo que passou a frequentar os cultos recebeu a incumbência de tocar trompete. Sabia cantar, mas não tinha a mínima noção do instrumento de sopro. Em dois anos, assumiu o posto de professor e treinava novos recrutas.

“Meu pai é maestro desde que me conheço por gente. Ele aprendeu a reger sozinho e, depois que se converteu, passou a tocar trompete também. Aprendeu na marra, lendo partitura, estudando sozinho. O esquema é: senta aí e vai pegando com os que já sabem.”

Família Jackson
Nilton cresceu participando de corais gospel. Ele e os três irmãos formaram um quarteto na infância e faziam sucesso no cenário religioso. “Minha mãe aprendeu a tocar piano com meu pai e eles ensinaram tudo pra gente. Repetíamos o que eles mandavam, tínhamos uma voz boa, mas não sabíamos direito o que estávamos fazendo.”

Com o gogó afinado e popularidade nas igrejas evangélicas de Campinas, interior de São Paulo, aos 22 anos, ele dava aulas de canto particulares. Tinha seu cartão divulgado nos painéis dos templos e ganhava para ensinar o que sabia a quem estivesse disposto a pagar. Nessa época, resolveu montar um coral profissional. Convidou amigos e conhecidos competentes do meio e fundou o Kadmiel – segundo ele, o único coral do Brasil que não canta só dentro de igreja.

“A maioria dos contratantes não é evangélica, não tem vinculo nenhum. Em março, por exemplo, cantaremos no casamento da modelo Carol Trentini, em Santa Catarina. Ela não é evangélica. Trabalhamos muito bem nesse meio. Cantamos de tudo um pouco.”

A ideia transformou Silva em uma espécie de headhunter de backing vocals. Artistas como Simoninha, Paula Lima, Alexandre Pires, Sandy e Junior já procuraram por ele pedindo indicação ou até mesmo interessados em usar o coral em gravações de programas de TV, CDs e temporada de shows.

“A Paula Lima viu nossa apresentação e ficou encantada. Trocamos cartões e tempos depois ela queria indicação de cantoras para a turnê e gravação de CD. Minha irmã é do Kadmiel e foi backing dela durante um ano.”

Trampolim

Shirley Oliveira durante apresentação no bar The Orleans, em São Paulo (Foto: Caio Kenji/G1)

Shirley Oliveira durante apresentação no bar The Orleans, em São Paulo (Foto: Caio Kenji/G1)

Exportar talentos para o mundo secular passou a ser uma rota comum. Shirley Oliveira, 32, está como vocalista da banda do baixista Pixinga durante a temporada de shows que ele faz em um bar na zona oeste da capital paulista. Ela já fez segunda voz para Alexandre Pires, Jair Oliveira, Tânia Mara, Daniel e Jair Rodrigues. Foi para a igreja Universal aos 7 anos, influenciada por uma amiga.

Depois que virou cristã, enfrentou uma “peneira”, realizada pela esposa do pastor, que se encantou com o poderio de sua voz. Teve aula de técnica vocal, cantou em corais e, com o tempo, descobriu a profissão que queria seguir.

“Dos 7 aos 10 comecei abrir voz. Fiz regência com 15. Aos 16, descobri a música black gospel. Na época era VHS ainda, os colegas me davam fitas pra eu escutar. Fiquei apaixonada por esse tipo de música e fui de ouvido mesmo buscando ter aquele estilo, entonação vocal. Não tive estudo, fui pegando conforme era apresentada, ou descobria novas referências.”

Versáteis
O autodidatismo também deu a Aldo Gouveia, 42, um lugar cativo na banda do cantor Fábio Junior, com quem trabalha desde 2003. Antes disso, fez segunda voz em shows dos Racionais MC´s.

Segundo ele, o rapper Mano Brown chegou a frequentar alguns cultos atrás de cantores. “Temos amigos em comum, pessoas do meio. Ele precisou de backing em 96 e eu fiz alguns shows.”
Hoje, Aldo é produtor musical e tem um estúdio próprio no centro de São Paulo. Faz trabalhos para todo tipo de banda, mas considera a educação musical religiosa um atestado de qualidade e, principalmente, desenvoltura.

“Músicos da igreja têm que correr atrás. O acesso existe, mas não é uma formação de alto nível. Quem gosta, tem o sonho, se vira pra se capacitar. Com o tempo, isso foi formando um grupo seleto de profissionais mais versáteis, maduros e uma rede de contatos.”

Contra traições, mulheres recebem salários de maridos na Indonésia

Se essa moda pega………………..

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As autoridades de uma província indonésia depositam a partir de agora o salário de seus funcionários na conta de suas esposas, com o objetivo de lutar contra a infidelidade de seus maridos, informaram nesta sexta-feira fontes policiais.

"Os homens em geral não são capazes de se controlar se têm muito dinheiro com eles", explicou Rifly Katili, porta-voz das autoridades de Gorontalo, nas Célebes do Norte, uma província do nordeste da Indonésia.

"Estou convencido de que (esta medida) vai eliminar qualquer possibilidade de uma aventura extraconjugal", acrescentou para justificar a decisão da região de depositar o salário de seus 3,2 mil funcionários homens na conta de suas esposas.

A iniciativa foi instaurada na base do voluntariado, e cerca de 90% dos funcionários aceitaram a proposta, indicou o porta-voz. A medida também é consequência da queixa de várias esposas que indicavam não saber quanto seus maridos ganhavam, explicou.

    Fonte: Portal Terra

Energia eólica pode ser solução para Norte e Nordeste diz Benedito de Lira

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A energia eólica como fonte complementar de energia para o Brasil foi defendida em Plenário nesta quinta-feira (1º) pelo senador Benedito de Lira (PP-AL). O senador apontou esse tipo de energia como solução para o desenvolvimento das regiões mais pobres do país, como o Norte e Nordeste e pediu maiores investimentos do governo e da iniciativa privada no setor. Ele ressaltou que a energia eólica é limpa, renovável e barata, sendo ainda a que mais assegura a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável.
Benedito de Lira divulgou números que mostram a energia eólica ocupando um espaço ainda bem reduzido entre as matrizes energéticas adotadas no Brasil. A energia consumida no país é quase toda de fonte hidrotérmica, disse. As usinas hidrelétricas respondem por 71% da produção, e usinas térmicas, movidas a óleo, gás, carvão ou combustível nuclear, garantem 28%. A energia eólica responde apenas por 1% do total.
O senador mostrou-se, no entanto, otimista quanto à ampliação do uso da energia eólica. Ele informou que o ano de 2011 registrou um forte crescimento do setor, aliado ao fato de o Brasil ter passado a produzir a energia eólica mais barata de todo o mundo. Já o Plano Decenal de Expansão de Energia, do Ministério de Minas e Energia, prevê o aumento progressivo da capacidade instalada de 123.192 megawatts para 171.138 megawatts em 2020. Com os investimentos, a estimativa é de que, até lá, a energia eólica passe a responder por 6,5% da produção de energia no Brasil.
Benedito de Lira também destacou o papel do Brasil como quinto maior investidor em energias renováveis de todo o mundo, tendo destinado ao segmento cerca de US$7 bilhões em 2011 - duas vezes mais do que todos os 52 países africanos investiram juntos. Isso demonstra, na avaliação do senador, o "esforço notável" do país para garantir um desenvolvimento com sustentabilidade.
Diante deste cenário, Benedito de Lira fez um apelo ao Ministério de Minas e Energia e aos empresários do setor para que se empenhem no cumprimento das metas do Plano Decenal de Expansão da Energia e, se possível, até aumentem os investimentos no setor.

Ceará é o terceiro estado mais alfabetizado do Nordeste

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O Ceará tem um dos melhores índices de alfabetização do Nordeste, segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). São 81,24% dos cearense alfabetizados. A pesquisa que teve base nos dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Divulgados na quinta-feira (1º), a pesquisa do Ipece coloca o Ceará como o terceiro do nordeste com melhor índice de alfabetização, perdendo para Bahia (82,48%) e Pernambuco (81,31%). Se comparado aos 27 estados da federação, o Ceará cai para 21º.

A melhora na taxa, de acordo com Xênia Diógenes, professora universitária e pesquisadora da área educacional, pode ser atribuída ao Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic), desenvolvido pelo Governo do Estado. De acordo com ela, um dos principais motivos de evasão do aluno da rede de ensino pública é que eles, muitas vezes, não chegam com o conhecimento necessário para a série que está cursando.

DADOS - De acordo com a pesquisa do Ipece, o Ceará se torna o primeiro estado com melhor índice de mulheres alfabetizadas no nordeste, com 83,79%, seguido pela Bahia (83,57%) e de Rio Grande do Norte (83,47%).

A pesquisa também mostra que 89,08% da população brasileira com cinco anos de idade ou mais são alfabetizadas. O maior percentual dos alfabetizados, de acordo com a pesquisa, são brancos (92,82%), seguidos dos amarelos (90,04%), pardos (85,78%), pretos (85%) e indígenas (73,73%.

Governo do Estado confirma pagamento do piso nacional para professores

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Após o anúncio do Ministério da Educação de reajustar em 22,22% o piso salarial dos professores, o Governo do RN garantiu o pagamento do Piso Nacional do Magistério, afixado em R$ 1.451, para uma jornada de 40 horas aos profissionais que atuam no Ensino Médio. A notícia foi confirmada pela governadora Rosalba Ciarlini, durante entrevista hoje pela manhã ao programa Bom Dia RN, da INterTV Cabugi.
No ano passado o Governo do Estado reajustou o salário dos professores do RN em 34%. Desde fevereiro deste ano, o processo de promoções verticais da educação vem sendo implantado e as promoções horizontais serão analisadas por uma comissão e adotadas posteriormente para os professores.
De acordo com a governadora Rosalba Ciarlini, "muitos investimentos, melhorias nas escolas e transporte escolar, aquisição de novos equipamentos, aperfeiçoamento e valorização dos professores vêm sendo realizados nos últimos meses. Vamos manter o mesmo trabalho para que os profissionais continuem recebendo o piso nacional a que têm direito".
Sobre as promoções verticais implantadas, a chefe do executivo estadual comentou que, há muitos anos, os professores não vinham recebendo os valores que eles merecem e a medida visa a valorização desses profissionais. "Para que possamos avançar com a educação, porque o lugar de criança é na escola, nós queremos defender o direito que as crianças e jovens têm de ter um futuro pelos caminhos da educação".
Para discutir mais melhorias na área educacional do Estado, entre os dias 7 e 9 de março, será realizado em Natal um encontro nacional com todos os Secretários Estaduais de Educação no qual várias questões serão debatidas, além de sugestões e novas ideias que serão implantadas. No dia 8 de março, com a presença do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, serão entregues aos municípios potiguares 100 ônibus escolares adquiridos para melhorar o transporte de jovens e crianças no Estado.

Apenas 6,2% dos municípios têm bons serviços de saúde

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De todos os 5.563 municípios brasileiros, apenas 347 oferecem um bom atendimento na área da saúde. Eles representam apenas 6,2% do total e atendem a 3,6 milhões de brasileiros. A maioria está em Estados das regiões Sul (200 municípios) e Sudeste (145). As regiões Norte e Nordeste possuem apenas uma cidade cada nas condições consideradas ideais pelo Ministério da Saúde (MS). Feito não alcançado por nenhum município da região Centro-Oeste. Todas as notas do País podem ser conferidas no site do ministério.
O cenário nada animador foi traçado pelo próprio ministério a partir de um novo indicador de qualidade da saúde: o Índice de Desempenho do Sistema Único de Saúde, o IDSUS. Promessa desde a posse do atual ministro Alexandre Padilha, o IDSUS pretende avaliar a atuação das redes públicas de saúde nos municípios brasileiros em todos os níveis de assistência à população: atenção básica, especializada ambulatorial e hospital, e de urgência e emergência.
O índice é composto, basicamente, de duas grandes variáveis: o acesso oferecido aos serviços e a efetividade desse atendimento. Ao todo, 24 indicadores já conhecidos (como taxa de mortalidade materna e quantidade de mamografias feitas a cada ano) foram usados no cálculo da nota, dada a cada cidade, Estado e ao próprio País. Os conceitos variam em uma escala de 0 a 10 e a média brasileira de desempenho no SUS ficou em 5,47.
“Digamos que cinco é uma nota razoável. O SUS deveria ter de 7 em diante na nossa opinião”, afirma Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira, diretor do Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS. De acordo com as metodologias estatísticas aplicadas aos dados, garantir o acesso aos serviços ainda é o maior problema do Brasil. “Há mais diferenças na capacidade de o indivíduo conseguir ser atendido do que na qualidade do serviço depois que ele está lá”, diz.
Para Oliveira, o índice é “exigente”. Os cálculos são baseados na quantidade de pessoas que residem em cada município. Isso significa que as pessoas com plano de saúde, que não usariam o serviço público, são incluídas no montante da população a ser atendida por cada cidade. “O SUS é e tem de ser para todos”, diz.
A maioria dos municípios ficou em situação mediana, de acordo com a avaliação do ministério. Na faixa entre notas 5 e 5,9, estão 2616 cidades (47% do total), responsáveis pelo atendimento de 88.673.765 brasileiros. Outros 1.450 municípios (26,1% do total) ficaram com notas entre 6 e 6,9. Eles atendem a uma população de 46.683.510 pessoas. Apenas seis cidades têm desempenho superior a 8. Quatro delas estão em São Paulo (Arco-Íris, Barueri, Rosana e Cássia dos Coqueiros). As outras duas – Pinhal e Paulo Bento – são do Rio Grande do Sul.
A definição
Durante todo o ano passado, técnicos do Ministério da Saúde, especialistas de universidades e associações, gestores e usuários do SUS discutiram critérios para medir situações tão diversas quanto o País. “Não podemos comparar Belo Horizonte com uma cidade do interior da Amazônia. Por isso, dividimos os municípios em grupos de características semelhantes, para darmos visibilidade às diferenças do País”, pondera Oliveira.
Os técnicos do ministério contam que os indicadores foram escolhidos de acordo com a relevância, a confiabilidade, a viabilidade e a validade dos dados disponíveis. São 14 variáveis que demonstram o acesso ao serviço e 10 de efetividade. Oliveira reconhece que há fragilidade nas bases estatísticas de municípios e Estados, mas vê na criação do índice um estímulo à melhoria da informação em todas as cidades brasileiras.
“O mais importante agora é colocar os dados em uma discussão mais ampla e melhorar o restante dos dados que seriam interessantes, mas que a qualidade não permitia usarmos”, comenta Renato Assunção, professor do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que participou da elaboração do índice.
O IDSUS foi calculado com as bases de dados referentes aos anos de 2007, 2008, 2009 e 2010, dependendo do indicador. As estatísticas de 2011 ainda não estavam prontas. A proposta do ministério é divulgar um novo índice de cada cidade a cada três anos. Os gestores locais, no entanto, serão acompanhados pela pasta e receberão atualizações anuais das notas.
A proposta do Ministério da Saúde é utilizar os dados para definir estratégias para os serviços junto com os gestores municipais e estaduais, utilizando as notas no IDSUS. Com base nesses conceitos que os pactos e contratos da pasta serão feitos a partir de agora. A estratégia é semelhante à do Ministério da Educação, que criou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para avaliar a qualidade de ensino nas escolas e propôs metas a cada gestor.
O próximo passo será ouvir os usuários sobre o acesso aos serviços e qualidade do atendimento prestado pela rede pública de saúde. Oliveira garante que a meta é definir um programa de avaliação e monitoramento do SUS até o fim do ano. As primeiras a participar da pesquisa de satisfação dos usuários do Ministério da Saúde serão as gestantes. Foram enviadas 1,4 mil cartas às mulheres que deram à luz entre outubro e novembro de 2011.

Ministro da educação defende quer 1/3 do pré-sal para educação

"Temos que deixar um Brasil preparado para competir na economia do conhecimento"

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Atualmente em debate no Congresso, a lei do pré-sal, disse o ministro da Educação,  deve dividir os recursos do petróleo de maneira equilibrada e respeitosa aos estados produtores, mas "vinculando pelo menos um terço do pré-sal à educação, ciência e tecnologia" em todas as esferas do governo, pelos próximos dez anos. "Município, estado e União", afirmou ele, durante o programa "Bom Dia, Ministro".
"Nós não tivemos ainda uma decisão dentro do governo", disse. O ministro considerou que, como a riqueza proveniente da reserva de pré-sal descoberta no litoral brasileiro não é renovável e deve durar poucas décadas, parte dos "recursos que vão crescer exponencialmente nos próximos anos", provenientes da exploração do petróleo, deve ser direcionada a garantir o desenvolvimento do país por meio da educação, ciência e tecnologia.
"É uma riqueza que vamos ter por 10, 20 anos. Os nossos netos seguramente não terão o pré-sal, nossos filhos não sei até onde terão. O que vamos deixar para o Brasil do futuro, para o Brasil pós-petróleo? Nós temos que deixar um Brasil preparado para competir na economia do conhecimento, na economia verde e sustentável e na economia criativa."
Ele comparou a oportunidade que o Brasil ganhou com a reserva de petróleo à Noruega e à Venezuela, que na década de 1970 também descobriram uma grande quantidade de petróleo em seus territórios. Segundo o ministro, hoje a Noruega consegue ocupar os maiores patamares nos índices de desenvolvimento e qualidade de vida. "E a Venezuela tem os problemas que a gente conhece."
Para ele, "simplesmente pegar os recursos do pré-sal e pulverizar na máquina pública sem definir prioridades" não resolve o problema do desenvolvimento. "Vamos repetir erros que outros países ricos em petróleo mas não desenvolveram."

Mães vão avaliar atendimento recebido no SUS

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O Ministério da Saúde avaliará a qualidade dos serviços prestados às gestantes assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de abril, a Ouvidoria do SUS vai realizar contatos telefônicos com as mulheres que tiveram filhos durante o mês de abril com perguntas sobre qualidade da assistência à saúde durante o pré-natal, parto e pós-parto. A Portaria 133 , publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (27), é resultado de projeto piloto realizado pela Ouvidoria Geral do SUS em Porto Alegre (RS) em novembro do ano passado.
Os números dos telefones serão obtidos nos formulários de Autorização para Internação Hospitalar (AIH), instrumento utilizado pelo Ministério da Saúde para avaliar as ações e serviços do SUS. A AIH, preenchida pelos profissionais de saúde no momento da internação, é ferramenta essencial para a gestão dos hospitais e controle de gastos públicos e integra o Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS), que fornece os dados de quais e quantos procedimentos hospitalares foram realizados, além dos recursos repassados aos estados e municípios para pagamento ao hospital, com regras e critérios pactuados.
Segundo o secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, a ação é inédita e faz parte da estratégia da Rede Cegonha, lançada ano passado pelo governo federal. “O preenchimento do campo TELEFONE, na Autorização de Internação Hospitalar (AIH), ajudará a analisar como foi realizado o pré-natal, qualidade da assistência oferecida à gestante, o direito do acompanhante, se o atendimento foi adequado, seguro e humanizado. Essas informações são fundamentais para a melhoria da assistência à saúde”, destaca o Secretário.
Além da avaliação do atendimento às gestantes, a inclusão do campo TELEFONE na AIH possibilitará o aperfeiçoamento na identificação dos usuários, ajudando o Ministério da Saúde a monitorar os serviços oferecidos pelo Sistema Único de Saúde.
A pesquisa será realizada pela Ouvidoria Nacional do SUS. Desta forma, o ministério pretende conhecer o nível de satisfação dos usuários quanto ao atendimento recebido. “A opção de ligar para o paciente é uma ação ativa da Ouvidoria e a pesquisa feita pelo Ministério possibilita que a pessoa fique mais a vontade para avaliar o serviço que lhe foi prestado no SUS”, explica o secretário.
A partir desses resultados, o Ministério também gerará relatórios de avaliação do atendimento e enviará para os gestores locais. “A intenção é identificarmos pontos que precisam ser melhorados”, completou Helvécio Magalhães.
Neste ano, o telefone da ouvidoria foi simplificado: os antigos dez dígitos foram substituídos pelo 136, de fácil memorização e uso pela população. O serviço é gratuito, de telefone residencial, público ou celular.
Em 2011, o Disque-Saúde já recebeu mais de 3,5 milhões de ligações e disseminou 7,5 milhões de informações. Os temas que geraram maior número de ligações foram o Programa Farmácia Popular (23,4%), tabagismo (23%) e aids (9,6%).