Moradores e comerciantes instalados em cidades onde agiram quadrilhas
especializadas em roubo a bancos têm percorrido distâncias cada vez maiores
para realizar um simples saque de dinheiro. Os bancos reabrem as agências, mas
evitam operação com numerários. Servidores públicos, aposentados e pensionistas
percorrem 30km ou até 50km para sacar valores que às vezes são inferiores à
despesa com o deslocamento. A população tem recorrido às prefeituras e câmaras
de vereadores para pressionar as instituições a restabelecer o serviço, mas sem
sucesso. Em alguns municípios, a limitação de serviços perdura por mais de um
ano.
Somente em 2017, já somam 53 cidades que tiveram
agências bancárias, dos Correios ou carro-forte, alvo de bandidos.
Extraoficialmente, fontes ouvidas pelas TRIBUNA DO NORTE informaram que o valor
médio para reabertura de uma agência bancária é de R$ 1 milhão. Um dos pontos
essenciais para reabertura é reforço da segurança local, o que deixa ainda mais
lento o processo para reabrir os locais.
A maioria das agências afetadas são do Bradesco e Banco do Brasil. Mas é
em relação ao Banco do Brasil a maior parte das reclamações porque a
instituição detém boa parte dos contratos de contas das prefeituras, câmaras de
vereadores e servidores estaduais. A instituição é um dos principais alvos
escolhidos pelas quadrilhas — até ontem eram 13 unidades, e 18 do Bradesco. Ao
todo, incluindo outras instituições do sistema financeiro de bancos, foram 53
casos de roubo este ano.