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domingo, 5 de março de 2017

Matadouro católico: 796 corpos de crianças foram encontrados em orfanato mantido por freiras

Quem fez a denúncia foi a pesquisadora e historiadora Catherine Corless. Os recém-nascidos foram enterrados de maneira secreta pelas freiras. As mortes têm causas incertas: desnutrição, pneumonia, tuberculose e, sem dúvida, maus-tratos.
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Os recém-nascidos foram enterrados de maneira secreta pelas freiras. As mortes têm causas incertas: desnutrição, pneumonia, tuberculose e, sem dúvida, maus-tratos. Os restos mortais (de bebês com idades de 0 a 3 anos) foram encontrados em uma casa que deveria ajudar as mães solteiras e seus filhos.
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O extinto orfanato, mantido pela Igreja Católica, fica situado na cidade de Tuam, condado de County Galway, na Irlanda.
A Justiça local recebeu uma avalanche de ações para que investigações sejam feitas imediatamente.
Todos os corpos foram enterrados em uma vala comum, ao lado do antigo orfanato, que funcionou entre os anos de 1926 a 1961 e hoje deu lugar a várias casas.
Autoridades da Igreja Católica da Irlanda alegaram que não faziam ideia da quantidade de crianças que haviam falecido no local.
Em uma inspeção feita pelo governo, foram encontrados vários registros de morte apontando diversas causas para os óbitos. Entre as principais estão desnutrição e doenças diversas.
É isso mesmo que você leu: DESNUTRIÇÃO!
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De acordo com esses relatórios, cerca de 271 crianças morreram de fome em um local mantido por freiras.
Também foram apontados casos de bebês prematuros e outros com deformidades.
Os ensinamentos católicos da época diziam que: “crianças nascidas fora do casamento não podiam ser batizadas e, caso morressem, não teriam direito a um enterro cristão.”
Catherine relatou que as sepulturas dos bebês indigentes foram descobertas por acaso. O cimento que cobria o local começou a trincar.
Michael Neary, arcebispo de Tuam, conseguiu angariar fundos e ergueu um memorial em homenagem às 796 crianças.


quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Juiz do caso de El Chapo é executado em plena luz do dia


Fonte: Revista Exame

Juiz analisava ao menos 553 casos de líderes dos maiores carteis, como El Chapo, do Sinaloa, e Miguel Treviño, do Los Zetas

Joaquin Guzman, o "El Chapo"
Joaquin Guzman, o "El Chapo": juiz federal envolvido em casos de traficantes foi executado com tiro na nuca (Reuters/)
São Paulo – O juiz federal Vicente Bermudez Zacarias um dos mais envolvidos na luta contra o narcotráfico no México e responsável pela análise de casos dos maiores traficantes do país, foi assassinado com um tiro na nuca em plena luz do dia na última segunda-feira em Metepec, cidade localizada a cerca de 60 quilômetros da capital Cidade do México.
De acordo com informações do jornal mexicano Excelsior, esse é o primeiro caso de execução de juiz registrado no país em dez anos.

Atuação contra o tráfico

Bermudez era o responsável pela análise de ao menos 553 casos envolvendo recursos de nomes como Joaquin El Chapo Guzmán, do poderoso cartel de Sinaloa, e Miguel Ángel Treviño, ex-líder do Los Zetas. Julgou ainda o caso de um dos suspeitos do desaparecimento dos 43 estudantes de Ayotzinapa.

Execução à sangue frio

A execução do juiz chocou o México pela frieza com a qual foi conduzida. Tudo foi registrado por câmeras de segurança instaladas na região e agora investigações procuram apurar quem ou qual grupo pode ter sido o responsável pela morte do magistrado.
O vídeo mostra Bermudez correndo com tranquilidade até um homem, que sequer usava uma máscara, se aproximou e atirou em sua nuca. O juiz cai e seu algoz é visto então correndo na companhia de uma terceira pessoa.
Veja o vídeo abaixo. As imagens podem chocar.

Repercussão

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, falava em um encontro internacional que reunia magistrados de todo o mundo no momento em que soube do assassinato de Bermudez. Ele lamentou a morte do mexicano e ordenou que a Procuradoria Geral da República investigasse o caso.
Organizações internacionais de defesa dos direitos humanos também se manifestaram. Em nota, o braço mexicano da Anistia Internacional disse estar consternada com o incidente e pediu que o governo conduzisse uma investigação objetiva, exaustiva e independente.