sábado, 26 de abril de 2025

Quem será o próximo papa? Os principais candidatos em uma disputa imprevisível

Terminado o funeral do papa Francisco, que morreu aos 88 anos, as atenções agora se voltam para a realização do conclave que escolherá seu sucessor. O primeiro ato dessa sequência de cerimônias, coordenadas pelo camerlengo — autoridade responsável por governar o Vaticano durante a vacância do trono papal —, o cardeal Kevin Farrel, é declarar oficialmente a vacância da Sé após a confirmação da morte do papa. Isso já ocorreu no atual processo.

A partir desse momento, entram em cena dois fatores fundamentais para a escolha do novo papa: o legado deixado pelo pontífice anterior e o rumo que se deseja para o catolicismo e sua influência espiritual nos próximos anos. Para que essa definição ocorra, será preciso alcançar um consenso majoritário entre os 135 cardeais que participarão do conclave. Embora existam 252 cardeais no total, apenas aqueles com menos de 80 anos têm direito a voto. A decisão sobre quem será o próximo papa pode ter um impacto profundo na Igreja Católica e nos 1,4 bilhão de católicos romanos batizados ao redor do mundo. 

E tudo indica que será um processo altamente imprevisível e aberto, por uma série de razões. O Colégio de Cardeais se reunirá agora em conclave na Capela Sistina para debater e votar em seus candidatos preferidos, até que um único nome prevaleça. Com 80% dos cardeais nomeados pelo papa Francisco, essa será a primeira vez que eles elegem um papa — e o farão com uma perspectiva global ampla. 

Pela primeira vez na História, menos da metade dos cardeais com direito a voto será europeia. Os cardeais estão distribuídos da seguinte forma: 14 da América do Norte, 53 da Europa, 23 da Ásia, 23 da América Latina, 18 da África e 4 da Oceania. "É preciso ter em mente que a Igreja Católica que Francisco deixa como legado é uma entidade global, que deixou de estar centrada na Europa", disse à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, Massimo Faggioli, especialista em teologia da Universidade de Villanova, nos Estados Unidos. "E isso se reflete no grupo de cardeais encarregado de escolher o sucessor: é muito mais numeroso e, sobretudo, mais diverso do que aquele que elegeu Francisco em 2013", acrescentou. 

E embora o colégio esteja dominado por nomeações de Francisco, essas indicações não foram exclusivamente de perfil "progressista" ou "tradicionalista". Por isso, nunca foi tão difícil prever quem será eleito o próximo papa. Será que os cardeais escolherão um papa africano ou asiático, ou preferirão um veterano da administração do Vaticano? 


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