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No caso do Papa Francisco, serão ao todo três dias de exposição em caixão aberto, o que exigiu uma preparação especial do corpo do pontífice, começando pelo seu embalsamamento imediato. A técnica é muito utilizada em sepultamentos tardios e levanta curiosidades de como é possível prolongar as homenagens sem gerar nenhum tipo de desconforto àqueles que vão dizer o último adeus.
Veja aqui algumas curiosidades sobre esse processo:
Embalsamamento x Tanatopraxia: São técnicas distintas, que variam tanto nos materiais utilizados quanto no tempo de conservação do corpo antes do sepultamento. O embalsamamento, usado no caso do Papa, permite que o corpo demore mais para iniciar o processo de decomposição e evita liberação de gases e odores. Junto com a técnica de resfriamento, ele pode conservar um corpo por até 30 dias. Já tanatopraxia é indicada para prazos de até 48 horas. Trata-se do método mais utilizado no Brasil, onde culturalmente o sepultamento ocorre em um período mais curto.
Passo a passo: A preparação do pontífice demandou cerca de 10 litros de fluido conservante – uma mistura de formol, álcool, água e corantes. O embalsamamento é feito em três etapas, que consiste na retirada de todo o sangue, seguido por um processo de limpeza e dissecação, e por último a aplicação do fluido nas veias. A quantidade de conservante leva em consideração fatores como peso, altura e o tempo de exposição do corpo antes do sepultamento. A causa da morte também pode ser um fator de decisão e que exige técnicas específicas durante a preparação, como massagem nas pontas dos dedos, para evitar coágulos visíveis.
Necromaquiagem: Aliada à tanatopraxia ou embalsamamento, essa técnica contribui para manter a aparência natural e serena do falecido. Cuida da cor e textura da pele, cobrindo possíveis coágulos ou hematomas, além de unhas e cabelos, inclusive lidando com a possibilidade de quedas repentinas dos fios após o falecimento e proporcionando uma aparência mais próxima da pessoa em vida.
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De acordo com Roberto Santana, Diretor de Operações do Grupo Zelo, maior empresa de serviços funerários do Brasil, são raros os casos de embalsamamento, mas não é uma prática exclusiva para personalidades. “Há casos em que o corpo precisa ser transportado para outra cidade ou país, por exemplo, e que é utilizado o embalsamamento para garantir essa conversação mais prolongada, sem perder o aspecto de naturalidade. A técnica é muito utilizada também em casos de morte violenta, justamente por ter essa limpeza mais profunda e retardar o processo de decomposição”, explica.
Em ambos os processos, embalsamamento e tanatopraxia, é importante que seja feito o mais rápido possível após a constatação do falecimento. “Essa agilidade é o que garante a dignidade ao falecido e conforto para a família. Preservando ao máximo os aspectos naturais do ente querido que faleceu”, completa o diretor do Grupo Zelo.
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