Um helicóptero e um avião comercial se chocaram em Washington e caíram no Rio Potomac. Os investigadores analisam três fatores: ação humana, possível falha das aeronaves e condições climáticas.
Um acidente raríssimo, com 67 mortos, no espaço aéreo mais controlado do mundo: isso aconteceu na quarta-feira (29), em Washington, nos Estados Unidos, com o choque entre um helicóptero e um avião comercial. O Fantástico recuperou, então, os últimos momentos das duas aeronaves e foi atrás de especialistas para entender os desafios para um pouso nessa região de fluxo intenso e próxima a prédios do governo americano, como Casa Branca, Congresso e Pentágono.
Ex-oficial da Força Aérea Americana, Elizabeth Mc Cornick pilotou um helicóptero do mesmo modelo que o do acidente – Black Hawk - e afirma que, para ela, faltava um militar na equipe. Havia três militares a bordo.
“Se tem uma tripulação de três pessoas no helicóptero em um voo visual, significa que apenas um tripulante na parte de trás está enxergando, quando deveríamos ter dois na traseira da aeronave. Isso cria um ponto cego que limita a visibilidade em 25% e aumenta os riscos. A tripulação mínima deve ser de quatro pessoas”, explica.
A equipe do Fantástico também visitou uma base da Marinha em São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, para mostrar como funciona um Black Hawk.
Os investigadores analisam três fatores: ação humana, possível falha das aeronaves e condições climáticas. Um relatório preliminar feito pela agência que regula a aviação nos Estados Unidos apontou que apenas um controlador trabalhava na torre na hora do acidente em vez de duas.
Um levantamento feito pelo jornal The New York Times apontou que 91% dos aeroportos americanos operam com menos controladores do que o recomendado.
Dois dias após o acidente, foi proibido o tráfego de helicópteros ao redor do aeroporto - inclusive os militares. Existem exceções como o helicóptero estar transportando o presidente dos Estados Unidos ou ser uma emergência médica.
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