De acordo com o estudo, as classes B e C são as que mais gastam com livros e materiais escolares. Nessa ano, desembolsaram R$20,3 e R$17,3 bilhões respectivamente. Sendo assim responsáveis por 76% dos gastos nacionais. Em relação às regiões brasileiras, os gastos mais altos estão no sudeste. Por outro lado, o menor consumo é na região norte.
Para 2025, mais de 90% dos responsáveis entrevistados, com filhos tanto na rede pública quanto privada, disseram que vão comprar materiais novos. Um terço dos entrevistados vai parcelar os valores.
Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, os altos gastos com materiais muitas vezes são reflexos da culpa sentida pelos pais que não podem acompanhar de perto o dia a dia dos filhos na escola. Ele atribui o crescimento dos gastos à inflação e também recuperação de poder de compra dos brasileiros pós pandemia. Meirelles ainda pontua que o parcelamento é uma boa ideia se não houver desconto nos pagamentos à vista.
'Por exemplo, quando vai fazer compras coletivas, o que é isso? As pessoas vão em atacados, organizam as compras de toda a família ou dos amigos e vizinhos e fazem aquela compra maior, que sai com preço unitário mais barato. Sabe muito menos como acontece nas compras dos atacados de roupa, só que eles fazem isso para os materiais escolares. Tem outro fator interessante, que é o reaproveitamento de algum material que não foi usado no ano anterior. O mesmo acontece com o uniforme escolar. É impressionante como há dois anos tem crescido o número de pais e mães que fazem um grande bazar interno dentro das escolas, onde se troca as roupas.'
Sobre os valores apontados pela pesquisa, a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares diz que os aumentos são em decorrência além da inflação, da elevação nos custos de produção, dos preços de frete marítimo, no caso dos importados, e alta do dólar. Para 2025, as notícias não são animadoras para os pais: o aumento previsto para os materiais deve ficar entre 5 e 9%.
Texto original: CBN
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