Reoneração será gradual com cobrança de 5% em 2025 e fim da desoneração em 2028. Empresas dizem que terão que demitir ou vão ter que repassar os custos ao consumidor.
O governo volta a reonerar parcialmente a folha de pagamento de 17 setores da economia que eram isentos até 2024. A reoneração será gradual. A partir deste ano, a alíquota será de 5% sobre os salários dos funcionários.
Em 2026, serão cobrados 10% e o fim da desoneração em 2028, quando voltam a ser cobrados os 20% sobre a folha. A desoneração foi criada em 2011 e vinha sendo prorrogada até então. Os 17 segmentos que empregam mais de nove milhões de trabalhadores podiam substituir a cobrança de 20% sobre os salários por uma alíquota que variava de 1% a 4,5% sobre a receita bruta da empresa.
Esses setores estão preocupados e dizem que o cenário é bem ruim. A Fenifra, por exemplo, Federação Nacional de Call Center, Instalação e Manutenção de Infraestrutura de Redes de Telecomunicações e Informática, emprega mais de 2,2 milhões de funcionários. Mesmo com a reoneração gradual, a presidente da entidade, Vivien Suruagy, diz que haverá demissões por causa do custo maior para as empresas.
Os setores de ponta que prestam serviço ao consumidor devem repassar os custos. O transporte de cargas, por exemplo, já prevê aumento do frete. O transporte de passageiros, que também será afetado, diz que o preço das passagens pode subir. É o que explica o diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, Marcos Bicalho.
Outros setores dizem que também não vão conseguir ampliar investimentos, por exemplo. Durante o período de transição, a folha de pagamento do 13º salário continuará integralmente desonerada.
Texto original: CBN
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