sábado, 14 de dezembro de 2024

Por que Lagoa Nova não comemora sua emancipação na data oficial?

Imagem: Reprodução

Faltando apenas 17 dias para o encerramento de 2024 e 19 dias para a data que marca o aniversário de Lagoa Nova, a pergunta permanece: por que a Capital Serrana não celebra sua emancipação política na data oficial de criação da lei que a reconheceu como município?

Lagoa Nova foi oficialmente elevada à categoria de município em 10 de maio de 1962, através da Lei 2.777. Contudo, somente em 2 de janeiro de 1963, sete meses e 27 dias depois, ocorreu a instalação oficial do município, com a posse do primeiro prefeito, nomeado pelo governo do estado.

É importante destacar que, pela norma geral, a data de emancipação política de um município corresponde ao registro de sua criação – o que equivale ao seu “nascimento oficial”. Seguindo essa lógica, o aniversário de Lagoa Nova deveria ser comemorado no dia 10 de maio, data em que a lei foi publicada e o município reconhecido oficialmente, e não em 2 de janeiro, data que marcou a instalação administrativa e a posse do primeiro gestor.

Se a data oficial da emancipação, 10 de maio de 1962, fosse considerada, Lagoa Nova completaria 62 anos de emancipação política em 10 de maio de 2025, um marco importante que merece ser celebrado com o devido reconhecimento histórico.

Esse modelo de celebração não é exclusivo de Lagoa Nova. Entre os 167 municípios do Rio Grande do Norte, encontramos um exemplo semelhante na cidade de Maxaranguape, criada pela Lei 2.329, em 17 de dezembro de 1958, mas que celebra sua emancipação em 29 de janeiro, data de sua instalação oficial.

A discussão sobre a data correta para as celebrações não é apenas uma questão de protocolo, mas também de identidade histórica e cultural. Revisitar essa escolha pode ajudar a resgatar a memória do povo lagoanovense e reforçar a importância do marco oficial que deu origem ao município. Afinal, reconhecer o 10 de maio de 1962 como a verdadeira data de nascimento de Lagoa Nova seria valorizar a história registrada na própria legislação estadual.

Enquanto isso, a dúvida permanece: não seria a hora de repensar a tradição e alinhar a comemoração ao fato histórico oficial ?

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