A diversificação dos atrativos turísticos nos estados nordestinos para além do sol e mar tem sido uma discussão antiga. Nesse contexto, os geoparques Araripe, no Ceará, e Seridó, no Rio Grande do Norte, têm demonstrado como a valorização de patrimônios geológicos pode estimular a interiorização do turismo no Brasil. Ao atrair visitantes para regiões afastadas dos grandes centros urbanos, essas iniciativas impulsionam o desenvolvimento econômico e geram novas oportunidades de negócios no interior.
O assunto foi destaque nas discussões do Seminário de Turismo Rural – Encontro Geoparque Seridó, que apresentou práticas do segmento e dados sobre investimentos no empreendedorismo rural. Para Solange Portela, secretária de Turismo do Rio Grande do Norte, o Geoparque Seridó é uma ferramenta para promover o conhecimento de outros atrativos localizados no interior do estado.
O Geoparque Seridó se destaca pela diversificação das opções de lazer e pela promoção da preservação ambiental. Com o apoio do Sebrae e de parcerias público-privadas, a região tem investido em infraestrutura turística e capacitação de profissionais locais, o que fomenta a economia em municípios distantes das capitais.
Reconhecido pela UNESCO desde 2022, o Geoparque Seridó abrange seis municípios: Currais Novos, Parelhas, Lagoa Nova, Cerro Corá, Acari e Carnaúba dos Dantas. São aproximadamente 2.800 km², onde vivem cerca de 120 mil habitantes.
De acordo com Marcos Nascimento, coordenador do Comitê Científico do Geoparque Seridó, as transformações já são visíveis. “Na cidade de Cerro Corá, antes do geoparque, havia apenas uma pousada e um bar/restaurante. Hoje, o município conta com oito pousadas e sete bares ou restaurantes. Em Lagoa Nova, o número de leitos passou de cerca de 150 para mais de 400 nos últimos anos”, relata.
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