Saiba como não queimar a oportunidade de acesso à universidade federal.
Às vésperas do Enem, a dica de muitos especialistas é colocar o pé no freio nos estudos, usar o tempo que resta para relaxar e começar a se organizar para evitar que qualquer imprevisto prejudique as provas.
No domingo (3), 4,3 milhões de estudantes inscritos farão a redação e vão responder 90 questões de humanas e linguagens.
Um dos principais passos para evitar atropelos e até virar meme é estudar o melhor trajeto para não chegar atrasado. Vale até ir ao local da prova um dia antes, caso seja um lugar desconhecido.
Separar todos os documentos e material necessário também é uma estratégia importante. Já anote aí o que não pode faltar: documento oficial com foto, cartão de inscrição e caneta preta, de tubo transparente. Inclusive, é bom levar uma a mais para não ficar na mão.
Garrafa de água também é fundamental para as horas de prova. Especialista Enem, Matheus Prado, aconselha os candidatos a irem preparados também para enfrentar a fome.
"Levar coisas para comer, como barrinhas de cereais, amêndoas, castanhas com fruta, um lanche feito em casa, fruta seca, coisas do tipo que vão ajudar. Água. Se preferir, o chá-verde, porque ele tem um pouquinho de cafeína. E, durante a prova, exercitar sempre os ombros, os braços, para que ele possa ter todo oxigenar o cérebro", aconselho.
O celular pode ser levado, mas deverá ser desligado e guardado num porta-objeto na entrada da sala. Para evitar surpresas em cima da hora, anote aí também o que não pode entrar na sala: cadernos, papeis e canetas sem tubo transparente.
Por onde começar a prova?
É claro que na hora da prova cada um tem a sua estratégia. Mas o professor Joaquim Neto, que coordena o projeto conexão Universidade, diz que é melhor é começar pelas questões mais fáceis.
"É a estratégia perfeita. Pela TRI - Teoria de Resposta ao Item, que é como quantifica a nota do aluno -, o aluno precisa ter uma coerência nas suas respostas. Então, se o estudante acerta as difíceis e erra as fáceis, aconteceu alguma coisa diferente e esse aluno não tira uma boa pontuação. Agora, se ele acerta as fáceis e erra as difíceis, ele vai tirar uma maior pontuação", explica.
Ele ressalta que, dependendo do curso e da universidade visada pelo estudante, o candidato pode começar pela redação, que tem mais peso em muitos cursos.
O número de inscritos para o Enem este ano superou em 10% o número do ano passado. Cresceu também a quantidade de pedidos de atendimento especializado para pessoas com deficiência, limitações e mulheres que amamentam.
Foram mais de 65 mil pedidos este ano, 72% a mais que no Enem de 2023. Deste numero, cerca de 30 mil para pessoas com deficit de atenção. Entre os recursos oferecidos a estes candidatos estão sala especial, tempo adicional e auxílio para leitura.
A quantidade de alunos concluindo o Ensino Médio também teve aumento - saindo de 1,4 para 1,6 milhão. O de treineiros - estudantes do primeiro e segundo ano - também teve salto de 620 mil para 841 mil. A explicação do MEC é o incentivo do programa Pé-de-Meia, que paga R$ 200 pela prova.
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