A Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn) já foi conhecida por sua independência e força. Representava os interesses dos municípios potiguares, mantendo uma voz ativa em favor das prefeituras. No entanto, desde a chegada de Luciano Santos à presidência, essa autonomia parece ter sido comprometida. A proximidade de Luciano com o governo da governadora Fátima Bezerra acabou, segundo críticos, prejudicando a capacidade da Femurn de atuar como uma força independente e protetora dos interesses municipais.
Um exemplo dessa alegada falta de firmeza é o atraso da 5ª parcela do Fundo de Participação dos Municípios (Fundep), no valor de R$ 19 milhões, que deveria ter sido repassada pelo governo estadual. Mesmo diante desse atraso, a Femurn não fez pressões efetivas para cobrar o pagamento, algo que gerou descontentamento entre as prefeituras.
Com o fim do mandato de Luciano se aproximando, cresce a expectativa de que Babá Pereira, nome conhecido no cenário municipal, assuma novamente a presidência. Para muitos gestores locais, essa mudança seria um alívio, pois acreditam que Babá poderá resgatar o protagonismo da Femurn e representar os municípios com maior independência.
Nos bastidores, comenta-se que Luciano espera uma nomeação para um cargo de secretário, promessa feita pela governadora Fátima Bezerra e pelo vice-governador Walter Alves. Esse possível compromisso pode explicar a postura de alinhamento de Luciano ao governo. No entanto, resta saber se a governadora realmente cumprirá o prometido.
Walter Alves também busca manter a influência sobre a Femurn, desejando eleger o sucessor de Luciano. Contudo, essa tarefa não será fácil, pois a gestão atual é amplamente considerada como problemática pelos prefeitos. A escolha de Luciano, que contou com o apoio de Walter, acabou sendo vista como desfavorável para os municípios.
Com Babá Pereira no horizonte, surge uma esperança de que a Femurn recupere seu papel de voz ativa dos municípios e retome seu caminho de autonomia. Caso ele seja eleito, os prefeitos acreditam que a Federação poderá voltar a defender os interesses das cidades do Rio Grande do Norte de maneira firme e independente.
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