domingo, 14 de julho de 2024

Ataque a Trump: um ato chocante que muda a corrida presidencial nos EUA

As imagens extraordinárias de um desafiante Donald Trump que levanta o punho no ar, com sangue na cara, enquanto é retirado do palco por agentes do serviço secreto não são apenas históricas — elas podem muito bem alterar o curso das eleições presidenciais americanas, marcadas para novembro.

Esse ato chocante de violência política terá inevitavelmente um efeito na corrida eleitoral. Agentes do serviço secreto dos EUA mataram a tiros o suspeito no local. E fontes policiais disseram à CBS News, parceira da BBC nos Estados Unidos, que tratam o ataque como uma tentativa de assassinato.

A imagem — de Trump sangrando, com o punho no ar, sendo escoltado para longe — foi rapidamente postada nas redes sociais por Eric Trump, filho do candidato, com a legenda: "Este é o lutador que a América precisa."


O presidente Joe Biden apareceu na TV logo após o tiroteio e disse que não havia lugar na América para uma violência política como esta. Ele expressou preocupação com seu oponente republicano.

Os ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush, Bill Clinton e Jimmy Carter foram rápidos em denunciar a violência e disseram que estão aliviados por Trump não ter sido gravemente ferido.

Mas alguns dos aliados e apoiadores mais próximos de Trump já culpam Biden pela violência. Um congressista republicano acusa o atual presidente de "incitar um assassinato" em uma postagem no X (o antigo Twitter).

O senador JD Vance, que parece estar na lista dos possíveis candidatos à vice-presidência de Trump, disse que a retórica da campanha de Biden levou diretamente ao ataque.

Outros políticos republicanos insinuam coisas semelhantes, que serão quase certamente condenadas pelos oponentes como alegações incendiárias num momento delicado da política americana.

Já é possível ver as linhas de batalha traçadas no que pode se tornar uma luta muito feia por causa de um evento profundamente chocante — que certamente vai modificar a campanha eleitoral daqui em diante.

BBC

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