Reunião em Buraco de Lagoa discute impactos dos parques eólicos na Serra de Santana

Nesta quinta-feira, 5 de junho, uma reunião foi realizada na comunidade de Buraco de Lagoa, reunindo representantes da Mesa de Diálogo do Governo Federal e membros da comunidade local. A reunião teve como principal foco os problemas decorrentes da implantação dos parques eólicos nos oito municípios que compõem a região da Serra de Santana.

Coordenada pelo Presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitário de Buraco de Lagoa (ADESCOB), Anderson Palmeira dos Santos, a reunião contou com uma expressiva participação da sociedade civil. Durante o encontro, foram discutidos os impactos negativos da energia renovável na região, destacando-se principalmente os efeitos sobre a qualidade de vida dos moradores e a atividade pecuária.

Entre as principais questões levantadas, a poeira gerada pelo intenso tráfego de veículos durante o período de construção dos parques eólicos foi um dos pontos críticos mencionados. Os moradores relataram que essa poeira afeta significativamente o cotidiano da comunidade. Outro problema destacado foi o barulho constante dos aerogeradores, que não só perturba o sossego dos residentes próximos, mas também afeta negativamente os animais, especialmente o gado leiteiro, que se estressa com o ruído constante, resultando em uma queda na produção de leite.

Após a reunião, os representantes do governo federal e os membros da comunidade visitaram a localidade de Cabeço dos Ferreiras, onde puderam testemunhar de perto os efeitos dos parques eólicos. Uma moradora teve de abandonar sua residência devido à proximidade com as torres e o barulho incessante. Além disso, visitaram o caso de um jovem produtor de leite que está enfrentando sérias dificuldades na produção devido ao estresse causado pelo barulho nos animais.

A reunião em Buraco de Lagoa foi um passo importante para dar voz às preocupações da comunidade e buscar soluções que minimizem os impactos negativos da energia renovável na região. A Mesa de Diálogo do Governo Federal comprometeu-se a considerar as reivindicações apresentadas e buscar alternativas que possam equilibrar o desenvolvimento sustentável com a qualidade de vida das comunidades afetadas.

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