Desde o início da semana, fotos e vídeos têm circulado nas redes sociais, mostrando uma preocupante infestação de lagartas da espécie mandarová em plantações de mandioca. Para obter mais detalhes sobre o ocorrido, contatamos o técnico em agropecuária Francisco Pedro, residente no Povoado Manoel Domingos, próximo a agrovila do Assentamento José Milanez, onde foram registradas algumas das imagens. Pedro forneceu informações cruciais sobre a situação.
De acordo com Pedro, a infestação das lagartas é um evento natural que ocorre quando as primeiras chuvas levam as mariposas a depositar ovos. Em condições normais, se o inverno persistir, as lagartas não conseguem evoluir para o estágio seguinte, o de pupa. No entanto, devido a um período de clima mais quente, as lagartas conseguiram completar seu ciclo de desenvolvimento, resultando na atual infestação. O técnico ressaltou que, felizmente, essa infestação é controlável.
Outro especialista consultado, Murilo, engenheiro agrônomo e técnico de campo de mandiocultura do SENAR, com amplo conhecimento na cultura da mandioca, alerta para a possibilidade de a infestação se intensificar ainda mais no mês de abril, caso não ocorram chuvas significativas.
As lagartas que não foram controladas naturalmente ou por meio de defensivos agrícolas entrarão na fase de pupa e, em seguida, iniciarão a postura de ovos, aumentando assim a população de lagartas na região. Portanto, é crucial buscar orientação de especialistas para determinar o melhor curso de ação e identificar o defensivo mais eficaz para combater essa praga ou utilizar uma forma de controle natural como por exemplo, as lagartas que são mortas pela ação do baculovirus.
O agricultor identificando com ajuda de especialistas que a causa da morte é o baculovirus, faz a coleta das lagartas mortas, faz a maceração, dilui com água e faz a aplicação nas áreas afetadas.
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