sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Estudantes entram na justiça por conta da falha do Sisu


O caso de Jainy Azevedo de Araújo, uma estudante de 18 anos de Jardim do Seridó, que inicialmente celebrou sua aceitação no curso de Medicina na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), apenas para descobrir posteriormente que os resultados oficiais contradiziam sua seleção, motivou uma ação legal. Posteriormente, sua família impetrou um mandado de segurança no Tribunal Federal do Rio Grande do Norte, buscando intervenção judicial para assegurar sua vaga no curso.

O advogado Allyson Moisés Medeiros, representando Jainy Azevedo de Araújo, afirma que o pedido de aprovação na instituição se baseia nas informações inicialmente divulgadas, alinhando-se com a pontuação alcançada pela estudante. Medeiros destaca que a estudante não deve ser responsabilizada por falhas no sistema. Caso o pedido de matrícula não seja concedido, a família também busca compensação por danos morais devido ao constrangimento causado por reunir prematuramente parentes e amigos para celebrar o suposto sucesso.

O advogado esclarece ainda que foi solicitada uma compensação modesta de R$30.000 para Jainy Azevedo de Araújo, quantia considerada insignificante pelo representante legal da estudante. Esse montante serve como indicação ao juiz do interesse principal da estudante em obter aprovação, em vez de buscar compensação financeira.

Em um incidente paralelo em Natal, outra estudante, Clara Letícia Pereira Leite, de 18 anos, enfrentou uma situação semelhante. Apesar de inicialmente postar nas redes sociais sobre sua aceitação no curso de Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), os resultados oficiais subsequentes contradisseram seu sucesso anterior. Clara Letícia Pereira Leite expressa sua intenção de entrar com uma ação judicial, destacando o sofrimento emocional causado pela reviravolta repentina. Consultas com advogados já ocorreram, e ela contempla ações legais para abordar o sentimento de frustração, desilusão e a consequente perda da oportunidade educacional antecipada.

Esses incidentes, envolvendo estudantes celebrando resultados incorretos de aceitação nas redes sociais, têm ganhado atenção nacional. A frustração é palpável, uma vez que planos para celebrações foram interrompidos pelas correções subsequentes nos resultados anunciados.

As falhas técnicas relatadas na divulgação dos resultados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024 pelo Ministério da Educação (MEC) oferecem uma explicação para essas discrepâncias. O MEC atribui o atraso a problemas técnicos identificados pela Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação, responsável pela operacionalização do Sisu, levando a um reinício dos protocolos de homologação. A publicação prevista para terça-feira, 30 de janeiro, foi consequentemente adiada.



É imperativo que o sistema legal examine minuciosamente esses casos, considerando o impacto na vida dos estudantes, o sofrimento emocional causado e a necessidade de uma resolução justa que preserve a integridade do processo seletivo.

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