Foto. G1 |
O Ministério das Relações Exteriores, conhecido como Itamaraty, confirmou a trágica morte de Ranani Nidejelski Glazer, um brasileiro que estava desaparecido desde o ataque realizado pelo grupo extremista Hamas em Israel. A notícia foi divulgada na manhã desta terça-feira (10), deixando o governo brasileiro consternado e expressando seu repúdio a atos de violência.
Ranani Glazer, natural do Rio Grande do Sul, estava presente em uma rave que foi alvo de um ataque perpetrado pelo Hamas no último sábado (7). O ataque deixou um rastro de destruição e vitimou muitos civis na região sul de Israel, a menos de 20 quilômetros da Faixa de Gaza.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comovido com a notícia, republicou a nota do Itamaraty, expressando suas condolências à família de Ranani. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também se manifestou nas redes sociais, lamentando a morte do brasileiro e condenando veementemente o terrorismo. O vice-governador, Gabriel Souza, pediu pela restauração da paz na região e pela preservação de vidas em ambos os lados do conflito.
Uma tia de Ranani, Karen Glazer, que reside na Austrália, relatou que recebeu a trágica notícia durante a madrugada de segunda-feira (9). Ela informou que o exército de Israel foi até a casa do irmão de Ranani, pai do jovem, para comunicar o ocorrido. A família ainda não dispõe de informações detalhadas sobre como e onde ocorreu a morte. Ranani tinha 23 anos e completaria 24 anos em 13 de outubro. Ele morava em Israel há sete anos, onde prestou serviço militar e trabalhava como entregador.
A situação que culminou na morte de Ranani Glazer começou no sábado (7) quando homens armados do Hamas invadiram Israel e atacaram várias cidades. A rave ao ar livre, onde Ranani estava presente, foi um dos primeiros alvos dos terroristas, que também invadiram o território por terra, resultando na morte de 260 pessoas no local.
Um amigo de Ranani, Rafael Zimerman, que estava com ele na rave junto com a namorada do brasileiro, Rafaela Treistman, relatou que conseguiram se refugiar em um bunker durante o ataque. No entanto, o bunker também foi invadido, e a situação se tornou tão desesperadora que Rafael precisou se fingir de morto para sobreviver. Ele não tem informações sobre o momento em que Ranani se separou do grupo. Rafael e Rafaela conseguiram escapar, mas o paradeiro das cariocas Bruna Valeanu e Karla Stelzer Mendes, que também participavam do festival de música atacado, ainda é desconhecido.
A tragédia que envolve a morte de Ranani Glazer e a situação das demais pessoas desaparecidas em Israel serve como um triste lembrete dos perigos enfrentados em regiões de conflito, e deixa o Brasil e o mundo de luto por mais uma vida perdida em circunstâncias tão trágicas.
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