No Rio Grande do Norte, a proporção de médicos por mil habitantes é inferior à média nacional, com 2,14 médicos por mil habitantes no estado, em comparação com a média nacional de 2,56, de acordo com dados da plataforma Demografia Médica. O estado ocupa o 5º lugar entre os estados do Nordeste em relação a essa proporção, com 6.813 profissionais registrados. No entanto, entidades médicas criticam o edital do Governo Federal que prevê a abertura de novos cursos de medicina no país e no RN.
O edital visa a abertura de novos cursos de medicina em municípios de 116 regiões de saúde do Brasil, incluindo duas regiões do Rio Grande do Norte. Entidades médicas argumentam que a oferta de vagas deve ser acompanhada pela qualidade na formação dos estudantes e que o problema crônico da distribuição desigual de médicos pelo país não será resolvido apenas aumentando o número de cursos.
Para a Federação dos Municípios do Estado (Femurn), a medida pode ajudar na interiorização dos médicos no Rio Grande do Norte, onde algumas regiões têm uma média inferior a 2,5 médicos por 1.000 habitantes. No entanto, entidades médicas destacam a importância de infraestrutura e educação para incentivar estudantes e profissionais a permanecer em áreas mais afastadas.
O Ministério da Educação afirma que o edital visa melhorar a infraestrutura de saúde nas cidades e inclui critérios para a qualidade do ensino. Entretanto, as entidades médicas enfatizam a necessidade de hospitais-escola e uma ordenação mais eficiente para a formação dos estudantes. A abertura de novos hospitais-escola também é discutida, embora enfrente desafios financeiros e de logística.
A Femurn considera o edital positivo, pois acredita que ele pode ajudar a interiorizar os médicos no estado e enfrentar a escassez de profissionais nas cidades do interior, onde muitos médicos tendem a sair em busca de oportunidades mais próximas ou na capital. Reuniões estão sendo realizadas para discutir a proposta do Governo Federal nas cidades da região de saúde.
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