sábado, 9 de setembro de 2023

Potiguares no Marrocos: relatos impactantes do terremoto que abalou vidas e estruturas

Uma comitiva do Geoparque Seridó, composta por quatro potiguares, estava no Marrocos na noite de sexta-feira, 7 de setembro, quando presenciaram um terremoto de magnitude 6,8 que atingiu o país, deixando pelo menos 800 mortos. A equipe encontrava-se em Marrakech para a X Conferência Internacional de Geoparques da UNESCO. Apesar do susto, os potiguares estão seguros e não sofreram ferimentos físicos.

O grupo de representantes do Geoparque Seridó compartilhou seu relato sobre o terrível incidente, descrevendo os momentos de tensão vividos durante o terremoto. Segundo eles, tudo aconteceu por volta das 23h, logo após terem terminado o jantar. Matheus Lisboa, coordenador científico adjunto do Geoparque Seridó, conta que o primeiro tremor foi sentido quando estavam prestes a pegar táxis para seus respectivos hotéis.
Janaína Medeiros, diretora executiva  e Marcos Nascimento, coordenador científico do Geoparque Seridó 

"A gente tinha acabado de jantar. Estávamos retornando pros nossos respectivos hotéis. Logo antes de tomarmos os táxis, a gente sentiu o primeiro tremor mais intenso. E começamos a ver os muros balançarem, então tentamos nos proteger em local aberto, numa praça. E a partir daí se começou a ter uma dimensão maior dos estragos", contou Matheus Lisboa.

A poeira levantada pelo tremor e o pânico das pessoas nas ruas fizeram com que o grupo buscasse abrigo na casa da família da dona do hotel onde estavam hospedados, afastando-se do centro da cidade. Permaneceram lá até a manhã do sábado.

Silas Maciel, coordenador de comunicação e marketing do Geoparque Seridó, descreveu a sensação como um "tremor muito forte" que resultou em quedas de muros e danos estruturais em seu hotel. Foi então necessário encontrar outro local para se abrigar.

Janaína Medeiros, diretora executiva do Geoparque Seridó, compartilhou suas emoções após vivenciar o terremoto. Ela descreveu a sensação de surfar em ondas e a corrida para um local aberto como a terra tremendo. Felizmente, eles não correram risco de serem atingidos por desabamentos ou objetos em queda.

O geólogo Marcos Nascimento, coordenador científico do Geoparque Seridó, afirmou que o grupo agora está comprometido em auxiliar as pessoas do Marrocos em qualquer forma necessária. "Todos nós estamos bem e apoiando o que for de melhor pra essa população linda", disse.

Terremoto no Marrocos: Uma Tragédia que Deixa Marcas

O terrível terremoto que atingiu o Marrocos na noite de sexta-feira, 7 de setembro, deixou um rastro de destruição e sofrimento. Com uma magnitude de 6,8, o tremor durou cerca de 15 segundos e aconteceu a uma profundidade de 18,5 km, conforme relatado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O epicentro localizou-se no alto das montanhas do Atlas, a 70 km ao sul de Marrakech, uma das áreas mais afetadas pelo desastre.

O número oficial de mortos ultrapassa 800, com mais de 600 pessoas feridas, de acordo com o balanço divulgado pelo Ministério do Interior para a TV estatal, mas as autoridades alertam que esses números podem aumentar. O impacto do terremoto foi sentido em várias províncias, incluindo Al Haouz, Ouarzazate, Marrakech, Azilal, Chichaoua e Taroudant, causando danos significativos em edifícios e infraestrutura.

Para a população, a noite se transformou em um pesadelo, com pessoas fugindo para as ruas em busca de segurança e com medo de réplicas. Vídeos mostram cenas de pânico, com pessoas abandonando centros comerciais, restaurantes e edifícios residenciais.

Um segundo tremor, de menor intensidade, ocorreu cerca de 15 minutos após o terremoto principal, aumentando o temor e a incerteza na região. Áreas de difícil acesso ao sul de Marrakech relataram dezenas de mortes, e estradas foram bloqueadas devido a deslizamentos de terra e destroços.

As autoridades locais estão trabalhando incansavelmente para prestar socorro às vítimas, limpando estradas e permitindo a passagem de ambulâncias. A comunidade internacional também está se mobilizando para fornecer ajuda humanitária e apoio às áreas afetadas.

O terremoto no Marrocos é um trágico lembrete da vulnerabilidade das regiões sísmicas e da importância de estar preparado para desastres naturais. Enquanto as equipes de resgate e voluntários continuam seus esforços para ajudar as vítimas, o mundo se une em solidariedade ao povo marroquino neste momento de dor e dificuldade.

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