Segundo a FEMURN, a situação é particularmente grave para os municípios de menor porte, nos quais o FPM constitui a principal fonte de receita. Que afirma, que a redução nos repasses tem impactado a capacidade das prefeituras de arcar com despesas essenciais, como reservas de servidores e contribuições previdenciárias, bem como de implementar projetos voltados para o benefício da população. A ausência de repasses de emendas parlamentares do Governo Federal também tem agravado a situação.
Ainda de acordo com o informativo da Femurn, os números não deixam dúvidas sobre a gravidade da situação. Segundo informado, no primeiro período decendial de agosto, os repasses do FPM registraram uma queda de 20,32% em comparação com o mesmo intervalo de tempo em 2022. E que dois fatores teriam contribuído para essa queda: a diminuição na arrecadação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e o aumento das restituições referentes ao Imposto de Renda. A redução no repasse do FPM chegou a 34% no mês de julho em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A CNM destaca que 51% dos governos municipais enfrentam dificuldades financeiras, especialmente devido à queda de 23,54% nos repasses do FPM em agosto, somados aos atrasos em outros repasses, como os royalties provenientes de minerais e petróleo.
Diante desse cenário, os prefeitos brasileiros expressaram apoio a diversas propostas para enfrentar os problemas. Entre elas, destacam-se a PEC 25/2022, que sugere um acréscimo de 1,5% no FPM, o PLP 94/2023, que busca compensar as perdas no ICMS com um benefício potencial de R$ 6,8 bilhões para todos os municípios brasileiros ao longo de três anos, e o projeto de Lei 334/2023, que propõe uma redução na alíquota do RGPS para 8%.
A paralisação programada pelas prefeituras do Rio Grande do Norte visa trazer visibilidade a essas questões e o impacto da medida sobre os serviços públicos e a população em geral. 110 prefeituras do RN já confirmaram que irão aderir a paralisação.
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