domingo, 5 de março de 2023

Uma câmara submissa ao executivo deixa a sociedade sem uma representação democrática

A falta da verdadeira representação cidadã leva à desigualdade social entre os cidadãos, uma vez que aqueles que não têm meios de ter seus interesses defendidos por seus representantes eleitos, acabam sendo excluídos da cena política. Além disso, os cidadãos podem se sentir desrespeitados ao ver que seus interesses não foram considerados na tomada de decisões da administração pública.

A forma de contornar este problema é trabalhar para que todos os cidadãos, seguindo o princípio da igualdade, possam influenciar e influenciar a administração pública. Isso pode realizar-se, por exemplo, através do fortalecimento da democracia participativa: ou seja, promovendo o envolvimento dos cidadãos em discussões políticas e na elaboração de políticas públicas, e incentivando documentos de consulta popular, onde cidadãos possam exercer seus direitos de liderança.

Além disso, os vereadores também devem procurar representar de verdade e de forma independente os interesses da população, se desvinculando do gestor municipal, buscando   e desenvolvendo propostas que correspondam a esses interesses. Quando os vereadores deixam de representar os anseios da sociedade e passam a apoiar os atos da gestão municipal, como acontece em Lagoa Nova, cujo prefeito tem maioria na casa, fazendo assim que todos os projetos sejam aprovados.

Por isso, diante dessa situação, é necessária uma ação possível e efetiva para que o eleitorado possa reivindicar a redefinição de valores e diretrizes da gestão da cidade. Uma primeira ação que pode ser desenvolvida é a criação de um conselho cidadão, formado por representantes de setores sociais como trabalhadores, estudantes e aposentados, para discutir e propor as melhorias da gestão pública municipal. Assim, a população terá um canal de debate mais direto com o executivo local e suas propostas serão escutadas, contrapondo às decisões dos vereadores.

Além disso, podem ser realizadas campanhas de conscientização para mobilizar o eleitorado a exigir seus direitos na hora do voto. Essas campanhas devem além de informar, impulsionar a participação dos cidadãos no processo eleitoral, como por exemplo, dar informações sobre os candidatos, incentivando a votar para pessoas que vão cumprir seu papel de representar os interesses da população.

Ações mais radicais também podem ser adotadas, como greves e manifestações pacíficas, para repreender governantes e vereadores e impor o respeito aos direitos civis. Com prazos definidos, manifestações e intervenções em local público, as greves também podem ser um meio de chamar a atenção e de obrigar os gestores a responsabilizar-se por seus atos.

Enfim, existem várias formas de cobrar dos vereadores a defesa dos direitos do eleitorado. Desde que bem organizadas e executadas, elas podem fazer a diferença na representatividade dos cidadãos nas decisões a serem tomadas pelo poder executivo. É necessário, portanto, que a sociedade se mobilize para defender seus direitos e buscar diálogo com os responsáveis pela gestão política da cidade.

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