Só no ano 2022 foram encontrados pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, órgão ligado ao Ministério do Trabalho, 32 trabalhadores explorados em condições de escravidão contemporânea dentro no Rio Grande do Norte. Somando os resgates realizado em outras partes do país, o número de resgatados que afirmaram ter residência no estado chega a 60.Durante o ano passado, auditores-fiscais do trabalho realizaram ao todo sete fiscalizações no estado.
O resultado considera as ações fiscais concluídas e ações com constatação de trabalho escravo ainda em andamento. Ao término de todos os procedimentos investigatórios e de fiscalização iniciados em 2022 pelos auditores-fiscais do trabalho, o quantitativo pode vir a ser retificado no decorrer do ano.
O balanço foi divulgado durante a Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, iniciada em 23 de janeiro e que segue até 28/01, data em que é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. Essa data foi instituída em homenagem a Auditores-fiscais do Trabalho mortos, nesse mesmo dia, em 2004 durante uma fiscalização de combate ao trabalho escravo em Unaí (MG).
Em relação ao perfil social dos trabalhadores, dados do seguro-desemprego do trabalhador resgatado mostram que 94% eram homens; 39% tinham entre 30 e 39 anos, 71% se autodeclararam negros ou pardos e 29% brancos.
Quanto ao grau de instrução, 32% declararam ter estudado até o 5º ano. Do total, 13% dos trabalhadores resgatados no Rio Grande do Norte eram analfabetos.
O estado ficou em 13º lugar no ranking nacional em número de trabalhadores resgatados (32) e em 18º lugar em número de ações de combate ao trabalho escravo realizadas (07).
Em relação ao local de residência dos trabalhadores resgatados em todo país, o Rio Grande do Norte ficou em 8º lugar, com 60 resgatados.
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