sábado, 3 de dezembro de 2022

Coleta do Censo do IBGE está 89% concluída no RN

Após pouco mais de quatro meses de coleta de dados, o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está 89,6% concluído no Rio Grande do Norte, que é o segundo estado mais avançado do País na conclusão da pesquisa. Acima do RN, está o Piauí com 90,8% do Censo já concluído. Dos 167 municípios potiguares, 99 já foram totalmente recenseados. Parnamirim (72,4%), Mossoró (86%) e Natal (86,7%) estão entre as cidades que ainda não concluíram o recenseamento. A expectativa é de que o levantamento no RN, com a coleta de dados e eventuais correções, termine no próximo dia 15 de dezembro.
Magnus Nascimento

Dos 167 municípios do RN, 99 já foram recenseados. Parnamirim, Mossoró e Natal estão entre as cidades que ainda não terminaram
Segundo o coordenador de operação do IBGE, Rogério Campelo, a coleta de dados se encerra na segunda-feira (5). “A partir dessa data nós vamos fazer as supervisões para verificar se a coleta ocorreu da forma esperada e se for o caso realizar as correções necessárias. Essa atividade deve ir até o dia 15 de dezembro”, explica. “A posição do RN é resultado do empenho da equipe, que em nenhum momento desanimou e sempre buscou alternativas para que a pesquisa continuasse de forma acelerada”, emenda Rogério.

De acordo com o terceiro balanço oficial, divulgado em novembro, até 31 de outubro, o IBGE encontrou 80,4% das pessoas esperadas na estimativa, o que reafirma o RN como um dos dois estados mais avançados. A estimativa da população é uma base de partida para a pesquisa. O resultado válido para o Censo 2022 será o encontrado ao final da pesquisa independentemente de coincidir com a estimativa.


Em todo o Brasil, 164.459.809 pessoas foram recenseadas nos primeiros três meses de pesquisa. Os resultados preliminares da pesquisa apontam que a população feminina continua como maioria dos potiguares, com 1.482.684 mulheres, frente a 1.383.183 homens já recenseados, totalizando 2.865.867 pessoas.


Dos 982.508 domicílios recenseados, a modalidade de resposta presencial foi a preferida em 977.393 lares. Moradores de 2.952 residências responderam o Censo por telefone. A resposta por internet ocorreu em apenas 2.163 domicílios. Nessas duas modalidades, o morador necessariamente deve ter contato prévio com o recenseador, mesmo que não seja presencial (interfone, folha de recado etc).


A recusa ainda é um obstáculo para os recenseadores, mas a ausência também preocupa, afirma Campelo. “A ausência do morador está dificultando mais do que as recusas. Quando abordado o potiguar tem se mostrado bem colaborativo com o censo. Estamos abaixo da média nacional em relação a recusa. Destaco que a maior dificuldade a ser superada era a resistência dos síndicos”, diz.


Ao final do terceiro mês de pesquisa, moradores de 12.207 domicílios particulares recusaram responder ao Censo 2022 no Rio Grande do Norte. Esse número representa 1,1% do total de domicílios particulares visitados pelos recenseadores. O percentual de recusas no RN é menor do que a média do Nordeste (1,5%) e do Brasil (2,3%). Para convencer a população da importância de responder o Censo 2022, os recenseadores estão orientados a retornar, pelo menos, três vezes aos domicílios resistentes.

Caso o morador não seja convencido a dar a entrevista, o supervisor fará uma visita. Em último caso, o morador resistente receberá uma carta sobre a obrigatoriedade da prestação de informações estatísticas conforme a Lei Federal 5.534/68. Os três retornos do recenseador também devem ocorrer nos casos de domicílios com moradores ausentes até conseguir a entrevista ou a confirmação de que ninguém mora no local.


Quilombolas e indígenas
A população quilombola recenseada nos primeiros meses do Censo 2022 é de 19.054 pessoas no Rio Grande do Norte. Os povos indígenas chegaram a 10.670 pessoas. As comunidades quilombolas já eram recenseadas anteriormente, mas não havia a distinção em relação à população em geral. Por isso, este ano o questionário do Censo pergunta: “você se considera quilombola?”. O quesito é aberto nos dispositivos dos recenseadores que fazem a pesquisa nessas comunidades. Dessa forma, será possível traçar um perfil social e econômico desse recorte da população pela primeira vez.


Para os povos indígenas, a maior novidade é o questionário de abordagem com perguntas sobre infraestrutura, educação, saúde e hábitos e práticas tradicionais. Esse questionário deve ser respondido pela liderança local. Os demais integrantes da comunidade respondem o questionário desenvolvido para os domicílios com particularidades para indígenas. No Rio Grande do Norte, o IBGE preparou 38 profissionais para recensear os povos e comunidades tradicionais.


Por que o Censo 2022 é importante?
O Censo Demográfico é a única pesquisa que vai à casa de todos os brasileiros. O objetivo não é apenas a contagem da população, mas coletar dados essenciais sobre educação, condições de moradia, cor ou raça, trabalho e renda e outros temas. Os resultados são apresentados, por exemplo, em nível municipal e de bairro. Dessa forma, é possível saber o perfil da população e as suas necessidades no decorrer do tempo. Há 12 anos o Brasil não realiza essa pesquisa.


Os resultados podem orientar gestores públicos, guiar a tomada de decisão em negócios e servir de instrumento para o exercício da cidadania por todo brasileiro. Além disso, o Censo é fundamental para calibrar as amostras das demais pesquisas domiciliares do IBGE e fornecer insumos a institutos de pesquisa independentes e a acadêmicos.


NÚMEROS


Números preliminares do RN (até 31/10)
* 2.865.867 pessoas recenseadas
* 1.482.684 mulheres
* 1.383.183 homens
* 19.054 pessoas quilombolas
* 10.670 pessoas indígenas
* 94,3% dos setores trabalhados
* 982.508 domicílios recenseados


Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Nenhum comentário :

Postar um comentário