quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Veja quanto candidatos ao Governo do RN e ao Senado já gastaram com propaganda na internet


O impulsionamento de conteudos na internet viraram uma realidade nas campanhas dos candidatos nas eleições deste ano. Exemplo disso é que essa despesa virou rubrica presente em praticamente todas as campanhas ao Governo Estadual e ao Senado pelo Rio Grande do Norte.

Por isso, nesta quarta-feira (21), o Portal 96 fez um levantamento com os registros de despesas dos candidatos da majoritária no Rio Grande do Norte e apontou os valores de gastos de cada um deles com impulsionamento de conteudo. Ou seja: os valores que foram pagos ao Google, ao Facebook (e Instagram) e as empresas especializadas nesse serviço durante a campanha eleitoral.

Veja os números:

GOVERNO DO RN
FÁTIMA BEZERRA
FACEBOOK R$ 22.500,00
GOOGLE R$ 20.000,00
DLOCAL BRASIL INSTITUIÇÃO R$ 1.000,00

FABIO DANTAS
GOOGLE BRASIL INTERNET R$ 1.000,00
FACEBOOK R$ 7.000,00
DLOCAL BRASIL INSTITUIÇÃO R$ 10.000,

CLORISA LINHARES
LOCAWEB IMPULSIONALMENTO DE CONTEUDOS R$ 75,50

SENADO FEDERAL
CARLOS EDUARDO ALVES
FACEBOOK R$ 8.000,00

FREITAS JR
FACEBOOK R$ 5.000,00

GERALDO PINHO
ADYEN DO BRASIL R$ 2.500,00

RAFAEL MOTTA
FACEBOOK R$ 10.000,00

ROGERIO MARINHO
DLOCAL BRASIL (FACEBOOK) R$ 14.000,00
GOOGLE BRASIL R$ 5.000,00



IMPULSIONAR ESTÁ MAIS CARO

Vale lembrar que, segundo reportagem da CNN Brasil, o custo por mil visualizações (CPM) de propagandas na internet aumentou mais de 1.800% nos primeiros quinze dias de campanha eleitoral. Os dados foram levantados na plataforma do Facebook Ads, que é o gerenciador de anúncios do Facebook e do Instagram.

Na primeira quinzena de agosto, o CPM era de R$ 5,03. Já no período de 16 a 31 de agosto, com o início da campanha eleitoral, o preço para que uma publicação atinja mil visualizações chegou a R$ 96,71. Por isso, aumentou consideravelmente também os valores cobrados por impulsionamento de conteúdo na web.

De acordo com o consultor e especialista em anúncios digitais Gustavo Coelho, essa relação entre o custo por mil visualizações é diretamente impactada pelo período eleitoral.

“Nesse período, o CPM é muito inflacionado por dois fatores. Quando você seleciona o público pra eleição, vale para todo mundo, a partir de 16 anos, qualquer lugar do Brasil, preto, branco. E são depositadas quantias grandes de dinheiro apenas para um período curto, que é o período de campanha, então você tem esse aumento do custo”, explica Coelho.

LEGISLAÇÃO

No regulamento da propaganda eleitoral, impulsionamento de propagandas na internet é permitido e deve ser cadastrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A corte também estabelece que a propaganda eleitoral paga na internet deve ser feita somente por candidatos, partidos, coligações ou federações partidárias e precisa ser identificada como tal onde for exibida.

Segundo dados registrados no TSE até esta sexta-feira (2), os candidatos gastaram cerca de R$ 15,5 milhões com impulsionamento de publicações nas redes sociais. A modalidade de campanha é a oitava com mais investimentos dos candidatos e partidos, conforme o ranking do tribunal.

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