Deputados e senadores ressaltam
que durante o período eleitoral haverá aglomerações e tumultos
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Urna eleitoral: eleições municipais estão programadas para ocorrem em outubro deste ano (Fábio Pozzebom/Agência Brasil) |
Senadores sugeriram nesta
sexta-feira que as eleições municipais
previstas para outubro sejam adiadas por conta dos impactos da epidemia do
novo coronavírus.
O líder do PSL no Senado, Major
Olímpio (SP), encaminhou ofício à presidente do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), ministra Rosa Weber, em que pede o adiamento das eleições para 2022 para
evitar o contágio de pessoas com o início da campanha eleitoral e ajudar na
economia de recursos públicos.
“A crise provocada pelo
coronavírus, com a consequente incerteza não somente sobre a extensão, mas
também sobre a duração desta pandemia que tem vitimado milhares de pessoas em
todo o mundo, tem gerado a paralisação de diversas atividades”, diz o documento
encaminhado ao TSE.
O senador argumenta, no ofício,
que o início da campanha eleitoral, em agosto, irá resultar em “movimentação e
aglomeração de pessoas não somente durante todo o período da campanha política,
mas também no dia da população ir as urnas, momento que pode gerar uma grande
multiplicação do contágio desta doença”.
“É válido ressaltar também, além
do fatos de disseminação do vírus, que por sua ação há um reflexo direto na
economia no Brasil”, citando gastos previstos com o fundo eleitoral, e os
recursos a serem utilizados pela Justiça Eleitoral para a realização das
eleições.
O líder do PSL não foi o único a
recorrer ao TSE sobre as eleições. Constam, no sistema eletrônico do tribunal,
pelo menos duas consultas sobre o tema.
Durante a sessão desta
sexta-feira em que foi aprovado o decreto de calamidade pública por
unanimidade, parlamentares aproveitaram para tocar no assunto. O senador Carlos
Viana (PSD-MG), aproveitou fala em inédita sessão remota da Casa para levantar
o tema.
“Quero aqui também, senhor
presidente, colocar a todos os pares do Senado, já há um primeiro pensamento
sobre a possibilidade de nós adiarmos as eleições de outubro”, disse.
“É claro que essa é uma decisão
ainda prematura, mas que precisa começar a fazer parte das nossas discussões,
em primeiro lugar pelo calendário que ora já está valendo e que pode ser muito
prejudicado pelas quarentenas com o cancelamento das reuniões”, argumentou,
acrescentando ser necessário que o ministro Roberto Barroso, próximo a assumir
o comando da Justiça Eleitoral, inicie uma avaliação sobre a possibilidade.
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