O Rio Grande do Norte ficou em penúltimo lugar no ranking da
qualidade da informação contábil e fiscal da Secretaria do Tesouro
Nacional (STN). A análise verifica a consistência das informações
prestadas pelos 26 estados e o Distrito Federal. Dos 38 critérios
avaliados, a gestão potiguar acertou apenas 22, obtendo 105,76 pontos na
avaliação final.
No quesito consistência das informações, segundo o Tesouro Nacional, o
estado do Sergipe foi o melhor avaliado, com 180,88 pontos. A média
nacional ficou em 150 pontos. Na rabeira do ranking, além do Rio Grande
do Norte, está Roraima, com 105,68 pontos.
Segundo o Tesouro Nacional, o ranking foi produzido em cima de dados
fornecidos pelos governos com base o ano de 2018. Foram feitas
verificações entre a igualdade de valores entre relatórios diferentes. O
objetivo foi verificar a igualdade entre os registros fiscais e
contábeis dos entes públicos. A avaliação não tem caráter punitivo,
apenas informativo, permitindo que os gestores adotem medidas para
aperfeiçoar a apresentação de dados financeiros.
O ranking foi dividido em quatro dimensões de avaliação: gestão da
informação (I), contábil (II), fiscal (III) e contábil x fiscal (IV).
Segundo o Tesouro Nacional, para a primeira versão do ranking não foram
analisados os dados de gestão da informação, que verifica o
comportamento dos entes no envio das informações.
De acordo com o relatório, a principal falha do Rio Grande do foi com
relação aos dados fiscais. Das 16 avaliações feitas, o Rio Grande do
Norte acertou apenas três pontos (dados sobre transferências, déficit
previdenciário e dedução do número de pensionistas).
O governo estadual apresentou inconsistências na apresentação em dois
relatórios fiscais: Resumido de Execução Orçamentária (RREO) e o de
Gestão Fiscal (RGF). Segundo o Tesouro Nacional, o Rio Grande do Norte
apresentou dados conflitantes na apresentação de despesas orçamentárias e
da Receita Corrente Líquida (RCL).
Segundo o secretário de Planejamento e Finanças do Rio Grande do
Norte, Aldemir Freire, o péssimo resultado na avaliação se deve às
falhas existentes no sistema contabilidade das gestões anteriores da
pasta. “Pouca gente sabe que o Rio Grande do Norte vivia uma crise
terminal no seu sistema de contabilidade. O setor se deteriorou tanto
que, com base nos dados de 2018, o RN tinha um dos piores indicadores de
qualidade de informações contábeis e fiscais”, disse ele, por meio do
perfil pessoal no Twitter.
Ainda de acordo com ele, o sistema de contabilidade estadual foi
redesenhado e incorporado ao Planejamento (antes era designado à pasta
de Administração). Aldemir Freire aponta, também, que convidou o Tesouro
Nacional para avaliar o novo sistema contábil.
Por fim, para reforçar os trabalhos, o Planejamento recebeu 20 novos
servidores – 12 analistas contábeis e 8 auditores de controle interno.
“Nossa meta é que já no relatório do próximo ano, com base nas
informações de 2019, o Rio Grande do Norte esteja na lista dos 10
melhores do país e até o final do governo no Top 5”, encerrou.
AGORA RN
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