Via G1/RN
Produtores
rurais, dona Rita Maria de Lima, 52, e Antônio Pereira Torres, 61,
devem ser beneficiados por novo programa de compra da Agricultura
Familiar no RN — Foto: Sandro Menezes
Cerca
de 90 mil famílias de agricultores devem ser beneficiadas através da
Lei 10.536/19, sancionada na noite desta quarta-feira (03), segundo o
governo do Rio Grande do Norte. A norma institui o Pecafes - Programa
Estadual de Compras da Agricultura Familiar e Economia Solidária, que
obriga o Estado comprar pelo menos 30% de gêneros alimentícios
produzidos pela agricultura familiar para suprir hospitais, restaurantes
populares, presídios, entre outras instituições.
A
assinatura da governadora Fátima Bezerra (PT) ocorreu na abertura do
Fórum de Secretários da Agricultura Familiar, realizado na Cecafes
(Central de Comercialização da Agricultura Familiar e Economia
Solidária).
Segundo
dados da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e Agricultura
Familiar (Sedraf), o Estado é hoje o maior comprador dos alimentos da
agricultura familiar e movimentou, só em 2018, cerca de R$ 5 milhões
desse mercado. Para 2019, a partir da nova lei, a expectativa é de que
esse valor alcance a faixa dos R$ 20 milhões.
Com
a sanção da nova legislação, as 90 mil famílias potiguares com
Declaração de Aptidão ao Pronaf (Daps) ativa, documento que permite aos
agriculturas familiares ter acesso às políticas públicas, linhas de
crédito, entre outros, estarão habilitadas a participar das compras
governamentais.
As
demais famílias contabilizadas pelo Instituto de Assistência Técnica e
Extensão Rural (Emater), cerca de 145 mil que estão com Daps inativas,
continuarão recebendo assistência da Sedraf para regularizarem sua
situação. Entre as metas da secretaria, os mutirões de documentação e
concessão de títulos fundiários representam dois grandes passos rumo à
inclusão do maior número de famílias aos programas públicos.
Dona
Rita Maria de Lima, 52, e Antônio Pereira Torres, 61 - casal de Apodi -
deve ser uma das famílias beneficiadas. “Eu sou agricultora desde
criança e foi assim que aprendi a viver nesse sertão de meu Deus. Para
mim não tem coisa melhor do que poder trabalhar”, diz a mulher.
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