Cerca de um terço das pessoas
detidas no sistema penitenciário do Rio Grande do Norte está sem julgamento, de
acordo com o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen)
referente a junho de 2017. Os dados foram divulgados apenas nesta sexta-feira
(12) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública
A porcentagem de presos sem
julgamento no estado é de 31,58% – pouco abaixo da média nacional, que ficou em
32,4%. Segundo o relatório, o estado do Piauí tem a maior taxa de presos
provisórios (60%), seguido pelo Amazonas (53,9%).
No total, há 2.922 presos sem
condenação no sistema prisional do estado. Em todo o país, são 235.241.
Ainda de acordo com o
levantamento, o estado conta com 9.252 presos – um número muito maior que o
próprio número de vagas no sistema, que é de 6.873. O déficit, portanto, chega
a 2.379 vagas.
Além dos presos provisórios, sem
condenação, 44,62% dos presos são sentenciados, 12,78% são de sentenciados no
sistema semiaberto, 10,05% sentenciados no sistema aberto, 0,03% de internos
como medida de proteção e 0,47% em tratamento ambulatorial.
A grande maioria dos presos é
composta por homens (8.740). No período do levantamento, apenas 512 mulheres
estavam detidas no estado. A maior parte também é composta de pessoas jovens,
com idades entre 18 e 24 anos (37,59%). Outros 24,03% estão na faixa de 25 a 29
anos.
Pelo menos 64,65% dos presos no
RN são pardos ou negros. O número pode ser ainda maior porque 18% da população
prisional não teve etnia informada no levantamento.
Também pelo menos 68,25% desse
público é analfabeto, sabe apenas ler ou escrever ou não terminou o ensino
fundamental. Da mesma forma que no caso da etnia, 18% da população não teve
informações sobre o assunto revelada.
G1
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