quinta-feira, 16 de maio de 2019

Após 5 anos polícia elucida caso de mulher que foi morta pelo marido e enterrada no quintal de casa em Cuiabá

Adilson Pinto da Fonseca, acusado do crime


A família de Benildes Batista de Almeida, 39 anos, acreditava que ela tivesse retornado para a Espanha, quando desapareceu em maio de 2014, segundo a polícia. Benildes foi morta e teve o corpo enterrado no quintal da casa do ex-marido, Adilson Pinto da Fonseca, 48 anos, na véspera da viagem para a Europa, onde morava. O suspeito foi preso na última segunda-feira (13). O corpo de Benildes foi localizado nesta terça-feira (14). Benildes morava na cidade de Asturia, na Espanha, e tinha passado uma temporada de cinco meses com a família no Brasil. De acordo com a polícia, ela continuava mantendo um relacionamento com o suspeito e, inclusive, havia mandado dinheiro para que ele construísse a casa onde ela foi morta e enterrada. 
Benildes Batista de Almeida

Os filhos do casal também viviam com o suspeito, em Cuiabá. Meses antes, Adilson tinha assassinado a então namorada dele, Talissa de Oliveira Ormond, 22 anos, e enterrado o corpo perto do local onde foram achados os restos mortais de Benildes.O corpo de Talissa foi localizado e removido por peritos, nessa segunda-feira. Os ossos das duas vítimas serão submetidos a exames de DNA. À época do desaparecimento, em 2013, quando Benildes já estava morta, a filha dela entrou em contato com a Polícia Federal e o órgão informou que ela não havia saído do Brasil. O trabalho de retirada dos ossos foi realizado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). 


As escavações foram feitas pela Polícia Civil e peritos com o apoio do Corpo de Bombeiros com um cão farejador, Águas Cuiabá e também de um professor de Geologia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).O suspeito alegou que matou as vítimas por ciúmes, mediante discussões ocasionais. O suspeito está preso por duas ocultações de cadáveres e também será indiciado por dois homicídios qualificados das duas mulheres. Talissa de Oliveira Ormond teve o desaparecimento comunicado em 8 julho de 2013, cerca de quatro dias depois de sumir. A mãe da moça contou que ela tinha saído para trabalhar em uma empresa de telefonia e não mais deu notícias. Na empresa, a chefe da vítima informou à mãe que naquele dia ela tinha trabalhado o dia todo e quando saiu havia um rapaz moreno em uma motocicleta a espera dela. Mas ninguém a viu sair com ele. No dia seguinte, a vítima teria ligado na empresa pedindo socorro. Depois não deu mais notícias.

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