Adilson Pinto da Fonseca, acusado do crime |
A família de Benildes Batista de
Almeida, 39 anos, acreditava que ela tivesse retornado para a Espanha, quando
desapareceu em maio de 2014, segundo a polícia. Benildes foi morta e teve o
corpo enterrado no quintal da casa do ex-marido, Adilson Pinto da Fonseca, 48
anos, na véspera da viagem para a Europa, onde morava. O suspeito foi preso na última
segunda-feira (13). O corpo de Benildes foi localizado nesta terça-feira (14). Benildes
morava na cidade de Asturia, na Espanha, e tinha passado uma temporada de cinco
meses com a família no Brasil. De acordo com a polícia, ela continuava mantendo
um relacionamento com o suspeito e, inclusive, havia mandado dinheiro para que
ele construísse a casa onde ela foi morta e enterrada.
Benildes Batista de Almeida |
Os filhos do casal
também viviam com o suspeito, em Cuiabá. Meses antes, Adilson tinha assassinado
a então namorada dele, Talissa de Oliveira Ormond, 22 anos, e enterrado o corpo
perto do local onde foram achados os restos mortais de Benildes.O corpo de
Talissa foi localizado e removido por peritos, nessa segunda-feira. Os ossos
das duas vítimas serão submetidos a exames de DNA. À época do desaparecimento,
em 2013, quando Benildes já estava morta, a filha dela entrou em contato com a
Polícia Federal e o órgão informou que ela não havia saído do Brasil. O
trabalho de retirada dos ossos foi realizado pela Perícia Oficial e
Identificação Técnica (Politec).
As escavações foram feitas pela Polícia Civil
e peritos com o apoio do Corpo de Bombeiros com um cão farejador, Águas Cuiabá
e também de um professor de Geologia da Universidade Federal de Mato Grosso
(UFMT).O suspeito alegou que matou as vítimas por ciúmes, mediante discussões
ocasionais. O suspeito está preso por duas ocultações de cadáveres e também
será indiciado por dois homicídios qualificados das duas mulheres. Talissa de
Oliveira Ormond teve o desaparecimento comunicado em 8 julho de 2013, cerca de
quatro dias depois de sumir. A mãe da moça contou que ela tinha saído para
trabalhar em uma empresa de telefonia e não mais deu notícias. Na empresa, a
chefe da vítima informou à mãe que naquele dia ela tinha trabalhado o dia todo
e quando saiu havia um rapaz moreno em uma motocicleta a espera dela. Mas
ninguém a viu sair com ele. No dia seguinte, a vítima teria ligado na empresa
pedindo socorro. Depois não deu mais notícias.
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