Suspeito de matar a motorista de
aplicativo Vanusa da Cunha Ferreira, Parsilon Lopes dos Santos disse, nesta
quarta-feira (23), que cometeu o crime após a vítima se negar a manter relação
sexual com ele depois de uma corrida particular. Segundo a Polícia Civil, ele
ainda retirou a roupa e tentou estuprar a mulher após matá-la.
“Foi uma fatalidade, errei e
quero pagar. Me arrependo do que fiz”, disse Parsilon, que se apresentava como
empresário de uma dupla sertaneja.
Vanusa da Cunha Ferreira e Parsilon Lopes dos Santos em foto tirada antes do crime, durante corrida particular — Foto: Reprodução/ TV Anhanguera
Técnica em enfermagem e motorista nas horas vagas, Vanusa, de 36 anos, foi encontrada morta na noite de domingo (20), no Jardim Copacabana, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Horas antes, o carro dela foi achado em uma rua vicinal da cidade e passou por perícia. Parsilon foi preso na segunda-feira (21).
De acordo com a delegada Mayana
Rezende, Parsilon vai responder por homicídio qualificado, tentativa de estupro
e vilipêndio de cadáver. Ele ainda não apresentou advogado. Inicialmente, ela
havia explicado que suspeito responderia por estupro, mas posteriormente corrigiu
a informação, dizendo que houve, na realidade, uma tentativa de cometer o
crime.
Morte
Conhecido como Camargo, Parsilon
aparece em vídeos e fotos enviados por Vanusa a parentes na noite de
sexta-feira (18). Na gravação, ele está com a dupla Zé Luccas e Matheus e outro
músico em um bar de Goianésia, a 180 km de Goiânia, após um show dos
sertanejos.
Zé Luccas conta que Camargo
se apresentava como empresário da dupla, mas ainda não tinham assinado um
contrato. Isso deveria ocorrer nos próximos dias.
De acordo com a investigação, na
madrugada de sábado, por volta das 4h30, Vanusa deixou os músicos em uma casa
no Jardim Guanabara. Na sequência, foi deixar Parsilon em uma chácara onde ele
estava trabalhando como serralheiro.
“Na versão dele, ele diz que os
dois estavam no carro e achou que tinha pintado um clima entre eles e aí
começou a abraçá-la, fazer algumas brincadeiras. Ela negou, disse até que
aquela não era a orientação sexual dela”, explicou a delegada Mayana Rezende.
A delegada explicou ainda que,
nesse momento, o suspeito decidiu tentar estuprar a mulher. Para fugir dele,
Vanusa saiu do carro
“Ele a segurou com força pelo
braço. Eles acabaram caindo. Vanusa bateu a cabeça no meio fio e perdeu os
sentidos. Depois disso, ele ainda bateu a cabeça da vítima novamente contra o
chão”, completou Mayana.
Depois da morte, o suspeito ainda
abusou sexualmente da vítima. “Eu tirei a roupa, cheguei a fazer algumas
coisas, mas não completei o ato”, disse o empresário.
Prisão do empresário
A prisão de Parsilon aconteceu em
uma rua do setor Jardim Bela Vista, em Aparecida de Goiânia. “Ele se assustou
quando viu a viatura, logicamente isso chamou a atenção dos policiais, e assim
que eles realizaram a abordagem diretamente ele já assumiu a responsabilidade
do crime ocorrido”, afirmou o tenente-coronel Giuliano Eustáquio.
O suspeito tem outras cinco
passagens pela polícia por crimes como ameaça, injúria e danos, todos
praticados contra mulheres.
Familiares e amigas de Vanusa
acompanharam a coletiva de imprensa feita pela polícia nesta manhã e cobram uma
punição dura para Parsilon. “Ele merece pagar pelo que fez. Não tem como
acreditar no que ele fala”, disse a filha da vítima, Jackeline Ferreira.
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