Saída dos
profissionais preocupa administrações dos municípios do interior.
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A médica Kássia Galvão deixou a cidade de Lagoa Salgada para
integrar o Mais Médicos em Santa Maria, no Rio Grande do Norte — Foto: Emmily
Virgílio/Inter TV Cabugi
Esta
quarta-feira (6) foi o terceiro dia de trabalho da médica Kássia Galvão, em
Santa Maria, a 66 quilômetros de Natal. Ela deixou um programa do Ministério da
Saúde em outro município do Rio Grande do Norte e assumiu a vaga deixada por
uma médica cubana, no Mais Médicos. O salário mais alto contribuiu para a
decisão da mudança. Essa é a mesma situação de outros 109 profissionais da
medicina que atuavam na atenção básica à saúde no estado potiguar.
Kássia
Galvão estava lotada na cidade de Lagoa Salgada e por lá recebia R$ 7 mil. O
Mais Médicos está pagando R$ 11.800, líquido. “O Programa Mais Médicos não tem
desconto. É um dinheiro que vem líquido, e também nós não declaramos Imposto de
Renda com ele. É considerado como uma bolsa. Para o profissional é excelente, e
ainda oferta uma educação continuada. Então ele oferta pro profissional que
escolhe entrar no programa uma especialização em saúde da família, da
comunidade, uma saúde da atenção básica. E isso é importante para o
profissional que está melhorando seu atendimento e para a população que vai
ganhar com um profissional mais qualificado”, argumenta.
No Rio
Grande do Norte, 110 médicos saíram do Programa de Estratégia de Saúde da
Família e foram para o Mais Médicos. Os dados foram confirmados pela Secretaria
de Estado da Saúde Pública (Sesap).
Isso
representa a metade dos profissionais que atuavam na atenção básica. As vagas
deixadas pelos cubanos estão sendo ocupadas, porém surgiu um problema: está
faltando médico nos municípios mais distantes.
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