Cotistas dos fundos dos programas de Integração Social (PIS) e de
Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) têm até amanhã (28)
para sacar o benefício fora dos critérios previstos em lei. É o caso dos
trabalhadores com menos de 60 anos. De acordo com o último balanço do
Ministério do Planejamento, há 4,5 milhões de pessoas nessa faixa etária
que ainda não retiraram os recursos.
Mais de 11 milhões de beneficiários com menos de 60 anos já fizeram o
saque. Aqueles que optarem por não retirar os recursos até amanhã não
perdem o direito ao dinheiro. Poderão fazer o saque futuramente, quando
passarem a cumprir um dos critérios habituais, conforme determina a Lei 13.677/2018.
Até 2017, os saques dos fundos PIS/Pasep só eram permitidos para
cotistas com idade mínima de 70 anos ou para os casos de aposentadoria,
herdeiro de cotista, pessoas em situação de invalidez ou acometidos por
algumas doenças específicas. A partir do dia 29, os saques voltam a ser
exclusivos para aqueles que atenderem a um dos critérios citados, sendo
que a idade mínima fixada pela lei passou para 60 anos.
Horário estendido na Caixa
Para facilitar o atendimento aos cotistas do PIS que ainda não
sacaram seus benefícios, as agências da Caixa Econômica Federal abrirão duas horas mais cedo
nesta sexta-feira, exceto nas regiões em que, devido ao fuso, esse
horário não for a melhor condição de atendimento aos clientes. Para
essas regiões específicas, o horário também será ampliado, mas cada
superintendência local decidirá se abrirá a agência antes ou se fechará
depois do expediente normal.
Quem tem direito
Para saber o saldo e se tem direito ao benefício, o trabalhador pode acessar os sites do PIS e do Pasep.
Para os cotistas do PIS, também é possível consultar a Caixa no
telefone 0800-726-0207 ou nos caixas eletrônicos da instituição, desde
que o interessado tenha o Cartão Cidadão. No caso do Pasep, a consulta é
feita ao Banco do Brasil, nos telefones 4004-0001 ou 0800-729-0001.
Têm direito ao saque as pessoas que trabalharam com carteira assinada
antes da Constituição de 1988. As cotas são os rendimentos anuais
depositados nas contas de trabalhadores, instituídas entre 1971, ano da
criação do PIS/Pasep, e 1988.
Quem contribuiu após 4 de outubro de 1988 não tem direito ao saque.
Isso ocorre porque a Constituição, promulgada naquele ano, passou a
destinar as contribuições do PIS/Pasep das empresas para o Fundo de
Amparo ao Trabalhador (FAT), que paga o seguro-desemprego e o abono
salarial, e para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES).
Do início do processo de flexibilização até o último dia 23, foram
pagos R$ 18,03 bilhões aos cotistas do fundo PIS/Pasep, beneficiando
16,3 milhões de cotistas. Cerca de R$ 24 bilhões ainda estão disponíveis
no fundo, com mais de 12 milhões de pessoas com cotas para resgatar.
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