O Fantástico conseguiu, com
exclusividade, a nova lista suja. Portaria que alterou regras do combate ao
trabalho escravo recebeu série de críticas.
A semana foi marcada por
mais uma polêmica no governo federal. Uma portaria alterou as regras do que é
considerado trabalho escravo no país, decisão que provocou uma série de
críticas. O Brasil é considerado referência mundial no combate à escravidão moderna.
Mas, depois das novas diretrizes, isso pode mudar.
A mudança foi condenada pela
Organização das Nações Unidas. A Organização Internacional do Trabalho disse
que a medida pode interromper a trajetória de sucesso que tornou o Brasil
modelo no combate ao trabalho escravo no mundo. O Ministério Público Federal
quer a revogação da portaria. A procuradora-geral da República, Raquel Dodge,
entregou ao ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, ofício onde fala em
"retrocesso nas garantias básicas da dignidade humana".
As novas regras também
restringiram o acesso à chamada lista suja, o cadastro de empregadores autuados
por escravizar trabalhadores. Agora, a lista suja só será divulgada por
determinação expressa do ministro do Trabalho.
Os patrões só entram na lista
depois que esgotam todos os recursos de defesa, na esfera administrativa.
Permanecem nela por dois anos. A mais recente atualização da lista já estava
pronta, antes de sair a portaria, mas acabou não sendo divulgada. O
Fantástico conseguiu, com exclusividade, a nova lista suja, que traz os nomes
de 132 empresas; veja a lista.
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