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Francisca Elita Victor e seu esposo José Luís Victor |
Em 29 de setembro de 1914, nascia na cidade de Acari, Francisca Elita Victor(In memoriam), filha do marchante luís Correia Barbosa e da dona de casa Honorara Maria da Conceição. Sua infância foi de muito trabalho na agricultura ao lado de seus pais e 9 irmãos, sendo 04 mulheres e 05 homens. Seu pai homem rígido e exigia obediência em todos os momentos, principalmente na horas das refeições, onde todos se reuniam ao redor de uma esteira e tinham que se alimentar sem olhar para o seu rosto, pois na época não era considerado atitude de respeito, além de esperar ele ser servido primeiro, de modo que as melhores porções lhe eram destinadas.
Francisca Elita Victor estudou
até o terceiro livro, considerado o 3º ano do primário, mais não progrediu, pois
tinha que trabalhar e as condições na época eram muito difíceis. No ano de 1937
foi enviada para Lagoa Nova onde residiu na residência de sua irmã Ozana. Em 1938
começou a namorar com José Luís Victor, com quem veio a casar e desta união
nasceram 11 filhos.
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Francisca Elita Victor no interior de sua casa de farinha |
Considera uma mulher à frente de seu tempo, dedicou-se a colaborar na organização dos festejos do padroeiro do município, até 1961, ano em completou 25 anos á frente da coordenação da parte social.
Neste período decidiu montar
uma fábrica e de bolachas e cocada, onde comercializava em Lagoa Nova e em
Cerro Corá, ajudada pelo seu filho Zé Olavo por seus sobrinhos filhos de Tetê.
A partir de 1961 decidiu se
dedicar a agricultura, comprou terras e fundou a primeira casa de farinha
motorizada, onde gerou emprego e renda para diversas famílias. Ela priorizava
empregar mulheres em sua casa de farinha, pois segundo ela, “mulher tem que tem
que ter o seu dinheiro para cuidar melhor de seus filhos, e não pode ficar
dependendo do marido”. Com essa visão foi umas das fundadoras da festa do
agricultor, juntamente com o padre Penha, organizando o café e o almoço dos
agricultores que eram feitos de forma compartilhada.
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Festa do agricultor |
Foi vereadora por dois
mandatos, na época não existia remuneração para exercer o cargo, foi parteira,
comercializou leite em sua residência por mais de 15 anos, e com o dinheiro da
venda conseguiu pagar durante um ano as despesas com o seminário, onde seu
filho Serafim estudava. Fundou o clube das mães, onde as mães se encontravam
para discutir sobre a educação dos filhos, hospedava professoras que vinham ao
município de modo a garantir a educação dos filhos e das crianças da
comunidade.
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Tomando posse no mandato de vereadora |
Uma de suas frases marcantes
era “Não sou filha de Lagoa Nova, mais meu amor é maior por esta cidade, pois
aqui estão minhas raízes”
Francisca Elita Victor
faleceu em 21 de maio de 2000, de prole deixou 11 filhos, 35 netos e 38
bisnetos.
Extraído do livro RETALHOS
DE UMA VIDA, da professora Maria do Socorro Coutinho Borges
Fonte de pesquisa, Marília
Elita Victor
Um comentário :
Faço parte dessa história. Para quem não me conhece, sou Nesinho, filho de Clarinda, neto de dona Marica, uma senhorinha bastante trabalhadora. Morávamos no Sítio Cantagalo. Todos os sábados minha vó vendia café numa barraquinha de madeira ao lado do mercado. Minha mãe ajudava durante a feira, vendendo café. Eu, com 7 anos servia como moleque de recado, pegando pão na Padaria dos Luis e bolo de Tereza, mãe de Zé Pelado. Lembram-se? Zé Pelado casou com Eliza do finado Aleixo. Tempos depois Maria Dalva surgiu na vida de Genival. Minha mãe era sua prima e serviu de cupido para o casamento dois dois que até hoje dura.
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