O presidente Michel Temer, ao falar sobre o aumento das alíquotas do
Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre a gasolina, o diesel e
o etanol, determinado para compensar as dificuldades fiscais, disse que
a população compreenderá a medida.
“A população vai compreender
porque este é um governo que não mente, não dá dados falsos. É um
governo verdadeiro, então, quando você tem que manter o critério da
responsabilidade fiscal, a manutenção da meta, a determinação para o
crescimento, você tem que dizer claramente o que está acontecendo. O
povo compreende”, afirmou.
Temer falou sobre o aumento ao chegar na noite passada em Mendoza, na
Argentina, para participar da Reunião de Cúpula do Mercosul. Ele
destacou ainda que o reajuste é para manter, em primeiro lugar, a meta
fiscal estabelecida, e, em segundo lugar, para assegurar o crescimento
econômico.
“Esta responsabilidade fiscal é que importou neste
pequeno aumento do PIS/Cofins. Exatamente para manter, em primeiro
lugar, a meta fiscal que nós estabelecemos. Em segundo lugar, para
assegurar o crescimento econômico que pouco a pouco vem vindo. Vocês
estão percebendo que, aos poucos, o crescimento vem se revelando. Então,
era preciso estabelecer este aumento do tributo para manter esses
pressupostos que eu acabei de indicar”, disse o presidente.
O decreto determinando o aumento está publicado na edição desta sexta-feira do Diário Oficial da União.
A alíquota subirá de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 para o litro da gasolina e
de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 para o diesel nas refinarias. Para o litro
do etanol, a alíquota passará de R$ 0,12 para R$ 0,1309 para o produtor.
Para o distribuidor, a alíquota, atualmente zerada, aumentará para R$
0,1964.
O governo também contingenciará [bloqueará] mais R$ 5,9
bilhões de despesas não obrigatórias do Orçamento. Os novos cortes serão
detalhados hoje (21), quando o Ministério do Planejamento divulgará o
Relatório Bimestral de Receitas e Despesas.
Publicado a cada dois
meses, o documento contém previsões sobre a economia e a programação
orçamentária do ano. A nova alíquota vai impactar o preço de combustível
nas refinarias, mas o eventual repasse do aumento para o consumidor vai
depender de cada posto de gasolina.
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