O abastecimento está suspenso desde fevereiro no município de Lagoa Nova,
Os
caminhões-pipa que deveriam abastecer as zonas urbanas de 24 cidades com
falta d'água, em razão da seca, estão parados. A chamada Operação
Vertente deveria ter iniciado a segunda etapa no dia dois deste mês.
Entretanto, um atraso no pagamento dos meses de janeiro e fevereiro de
2017 – referentes a Vertente I – trava o serviço. Os proprietários dos
caminhões-pipa se negam a continuar sem que o governo pague o valor
atrasado. Segundo os pipeiros, o valor é algo em torno de R$ 1 milhão.
2ª etapa da Operação Vertente prevista para dia 2 não começou
Os cerca de 20 proprietários dos veículos
transportadores de água haviam marcado um ato público para hoje dentro
do Centro Administrativo. Depois que nossa equipe entrou em contato com
as partes envolvidas na situação, os pipeiros desistiram do protesto,
mas ainda irão ao centro do poder estadual, em uma comissão
representativa dos empresários, para dialogar com o governo. Eles
esperam o pagamento até a próxima sexta-feira.
O dinheiro da Operação Vertente vem do
Ministério da Integração Nacional do governo Federal. Nossa equipe de
reportagem entrou em contato com a Defesa Civil Estadual, mas o órgão
responsável por gerir o programa de abastecimento emergencial no Estado
afirmou que não iria se pronunciar sobre o assunto.
Na Operação Vertente I, o número de cidades
atendidas variou entre 13 e 22 de setembro de 2016 a fevereiro de 2017.
Essa mudança ocorria em função do restabelecimento do sistema regular de
abastecimento de água da Companhia de Água e Esgoto do Rio Grande do
Norte (Caern). No total, 58 caminhões-pipa foram utilizados na Vertente
I.
Para a primeira fase, o Ministério da
Integração Nacional enviou R$ 3.953.999,20. Num documento da Defesa
Civil estadual, atualizado no dia seis de fevereiro deste ano, estavam
previstos pagamentos de R$ 729.126,60, em janeiro, e de R$ 436.882,28 em
fevereiro. Normalmente, os pagamentos eram realizados até 15 dias
depois do mês em que os pipeiros prestavam serviço. Os proprietários dos
caminhões-pipa relatam que apenas em setembro houve atraso no
pagamento, mas eles compreenderam, uma vez que o programa estava
iniciando. Em comunicados à imprensa, o governo do Estado estimou que
110 mil pessoas foram beneficiadas nessa primeira etapa.
Prevista para começar no dia dois de maio, a
Operação Vertente II conta com R$ 12,7 milhões do governo Federal para
beneficiar 24 zonas urbanas de cidades potiguares sem abastecimento de
água regular. Sem o funcionamento desse programa emergencial,
perguntamos a um dos pipeiros qual a alternativa encontrada pela
população do Oeste, região onde ele atua. “A maior parte da população
está comprando água, mas não é nem água potável”, disse, preferindo
preservar sua identidade. Outra operação do Exército Brasileiro abastece
as zonas rurais necessitadas de água. Segundo os pipeiros, essa
operação permanece em andamento.
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