Número no e-mail de Dilma seria a data de atentado terrorista
Via Diário do Poder
Pode ser carregado de significado o e-mail 2606iolanda@gmail, criado
pela então presidente Dilma Rousseff para manter contatos secretos com
Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana. Segundo revelou
Mônica, a própria Dilma escolheu o pseudônimo "Iolanda" dizendo lembrar a
ex-primeira-dama Iolanda Costa e Silva, mulher do general Arthur da
Costa e Silva, segundo militar a presidir o Brasil após o golpe de 1964.
Mensagem que circula em grupos de militares, nas mídias sociais,
destaca que o número 2606 é uma referência à data de um atentado
terrorista ao quartel general II Exército, em São Paulo, em 26 de junho
de 1968, quando a explosão de um caminhão carregado com 20kg de
dinamite matou do soldado Mário Kozel Filho, com 18 anos de idade, cujo
corpo foi despedaçado. Costa e Silva era o presidente, na ocasião.
Outros seis militares ficaram feridos. O atentado foi atribuído pelas
autoridades a Diógenes José Carvalho de Oliveira, Pedro Lobo de Oliveira
e José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, de um grupo de onze militantes
da clandestina Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).
Renata Ferraz Guerra de Andrade, conhecida como "a terrorista loura",
guerrilheira da VPR e participante do atentado terrorista, disse 30
anos depois que o atentado teve um motivação quase infantil. Dias antes,
o mesmo grupo havia assaltado um hospital militar para roubar armas e o
então comandante do II Exército, general Manoel Rodrigues Carvalho de
Lisboa, foi aos meios de comunicação dizer que o ato tinha sido covarde e
sem heroísmo e que desafiava os guerrilheiros a fazerem isso nos
quartéis dele. A resposta da VPR aceitando a provocação foi lançar um
carro-bomba contra o próprio QG do II Exército. Renata diz que os
integrantes do grupo depois se penitenciaram por isso, ao cair na
provocação do general e que o "atentado não serviu para nada, a não ser
matar o rapazinho".
Em julho de 2012, o general de divisão na reserva do Exército Luiz
Eduardo Rocha Paiva declarou que a Comissão da Verdade deveria convocar a
então presidente Dilma, que integrou o grupo clandestino VAR-Palmares, a
explicar sua suposta participação no atentado.
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