Via Tribuna do Norte
Auditoria do
Tribunal de Contas da União (TCU) paralisou as obras de duplicação da
rodovia federal BR-304, no trecho entre o viaduto Trampolim da Vitória,
em Parnamirim, e o entrocamento com a rodovia BR-226, que liga a Natal à
região do Seridó. O superintendente regional em exercício do
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Willy
Saldanha, filho, explicou que em casos como esse, em que há vistoria dos
técnicos do TCU, “ocorre a suspensão cautelar e automática das obras”,
até que o Corpo Técnico da Corte de Contas conclua as análises sobre o
andamento das obras de duplicação da BR-304, no trecho de 27 quilômetros
da chamada “Reta Tabajara”, que está a cargo da empresa Ivai
Construtora de Obras.
No trecho da ‘Reta Tabajara’ a obra vai duplicar cerca de 27 quilômetros. Prejuízo mensal com a suspensão é de R$ 1 milhão
Willy Saldanha disse que as obras de
duplicação da “Reta Tabajara” estão paralisadas desde o dia 25 de abril,
mas isso não é fruto de nenhuma denúncia ou suspeita de irregularidade
na execução da obra, nem tem relação com o valor dos investimentos.
Segundo ele, a auditoria é um procedimento administrativo regular e
normal, em que se confronta o que foi visto e com as informações
contidas nos projetos técnicos, acrescidas de dados e justificadas mais
detalhas que são solicitadas pelo TCU.
Saldanha disse que são perguntas sobre uso de
determinados materiais de construção civil, por exemplo, como é o caso
de indagação sobre a pavimentação, “porque é pavimento rígido e não
flexível, coisas desse tipo”.
O superintendente do Dnit lamenta que
paralisações como essa tragam além do prejuízo material, “o prejuízo
econômico para o Estado, porque a gente sabe que em qualquer feriado se
foram filas imensas de veículos” na “Reta Tabajara”, cujas obras
envolvem investimentos da ordem de R$ 237 milhões, sendo 16 quilômetros
de duplicação, propriamente dita, construção de cinco vias elevadas,
duas passarelas para travessia de pedestres e ciclovia.
Canteiro de obras na BR-304 está paralisado desde o último dia 25 de abril, segundo o Dnit
Não há data prevista, segundo Saldanha, para
que os serviços sejam retomados, mas a expectativa é de que sejam a
autorização do TCU seja dada após análise das informações que foram
encaminhadas ontem e na quarta-feira (03) para Brasília. Segundo ele,
estima-se um prejuízo mensal de R$ 1 milhão com a paralisação das obras.
“Isso porque envolve mobilização e desmobilização de recursos humanos,
material e de equipamentos, além de empregos diretos e indiretos, afora o
reajuste de preços de serviços, que é feito anualmente. Também ocorre a
perda de alguma coisa de serviços já executados, que tem de ser
refeito, como refazer a terraplenagem por causa de erosão provocadas por
chuvas”, explicou o prejuízo. Fora o fato de que o cronograma de
conclusão da obra, que tem término previsto para dezembro de 2018, pode
acabar prolongando o prazo de término das obras por causa de
interferências.
Willy Saldanha disse ter "a plena convicção de
que vamos atender os pedidos e tudo será liberado rapidamente”. Para
concluir, ele informou que já foram executadas 45% da obras de
terraplenagem e 22% das soluções de aterros, mais 11% do posto da
Policia Rodoviária Federal (PRF) e 5% das obras de drenagem.
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