Nove estados brasileiros foram os que mais buscaram cursos oferecidos em 2016 pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) na modalidade Campo. Dos 1.645 matriculados no ano passado, 53% são do Nordeste e 32%, do Norte do país, com destaque para Acre, Rondônia, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. Nos últimos quatro anos, mais de 32 mil pessoas tiveram acesso à Bolsa Trabalhador para uma formação inicial e continuada, em cursos de 160 a 400 horas, para diferentes níveis de escolaridade.
Com o objetivo de expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional e tecnológica no país, o Pronatec Campo busca ampliar as oportunidades de qualificação aos jovens, trabalhadores e beneficiários de programas de transferência de renda. Na edição de 2016, o programa ofertou mais de 200 cursos elaborados de forma democrática a partir de demandas levantadas por comitês estaduais compostos por agricultores, extensionistas, movimentos sociais, instituições de ensino, federações e associações ligadas ao produtor rural.
“Em cada estado, é o pessoal do campo que apresenta suas necessidades. E os cursos são montados considerando a metodologia de alternância, pois o agricultor é ao mesmo tempo estudante e professor, já que é um trabalhador da terra e detém conhecimentos próprios. Assim, ele passa parte do tempo no curso e parte na própria terra para aplicar os conhecimentos adquiridos, retornando à escola para apresentar sua análise sobre os resultados”, explica o coordenador do Pronatec Campo da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), Thiago Cantalice.
Apesar do sucesso do programa em algumas regiões, em especial nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí, Acre e Rondônia, em outros o índice de matrículas não foi tão expressivo quanto tem potencial para ser. Por isso, os números do Pronatec Campo 2016 estão sendo analisados pela Sead para embasar as estratégias da secretaria para a edição de 2017. “Nós, da coordenação nacional do Pronatec Campo, queremos saber o porquê de o Nordeste e o Norte aproveitar de fato as oportunidades e, assim, avaliarmos a necessidade de disponibilizar mais vagas para aquelas regiões, mas também estamos focando num estudo para entender o que acontece no restante do país e o que pode auxiliar no avanço do programa em outros locais”, destaca Cantalice.
Para saber mais sobre o Pronatec Campo, clique aqui.
Nenhum comentário :
Postar um comentário