A força-tarefa de intervenção penitenciária, grupo federal criado para dar apoio a estados que enfrentam crise no sistema prisional, atuará por mais 30 dias na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. Os agentes penitenciários que fazem parte da força-tarefa auxiliam as forças estaduais de segurança no sistema carcerário desde o fim de janeiro, depois que uma briga entre facções rivais desencadeou um massacre que terminou com 26 mortos e mais de 50 fugitivos.
A autorização para permanência no estado foi dada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e foi publicada hoje (25) no Diário Oficial da União. Os 78 agentes que estão no Rio Grande do Norte são do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao Ministério da Justiça, e vêm do Rio de Janeiro, do Ceará, de São Paulo e do Distrito Federal. A força-tarefa é supervisionada pelo estado e atua em conjunto com os agentes penitenciários estaduais.
A força-tarefa de intervenção penitenciária foi criada pelo governo federal para dar uma resposta à crise que se estabeleceu em sistemas prisionais de diferentes estados por uma série de rebeliões violentas ocorridas no início do ano. Uma delas foi a de Alcaçuz, presídio localizado no município de Nísia Floresta, região metropolitana de Natal.
Membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) que ficavam no Presídio Rogério Coutinho Madruga (localizado no terreno de Alcaçuz e conhecido na região como Pavilhão 5) invadiram um pavilhão controlado pelo chamado Sindicato do Crime do Rio Grande do Norte e deram início a uma briga que terminou com 26 mortes, esquartejamentos, batalhas campais transmitidas ao vivo em rede nacional e um motim que durou 14 dias.
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