A Ordem do Mérito Militar, mais importante
condecoração do Exército, foi entregue em cerimônia a cerca de 100
homenageados.
Exército brasileiro entregou nesta quarta-feira
(19) ao juiz Sérgio Moro a medalha da Ordem do Mérito Militar. O magistrado
conduz, na primeira instância, em Curitiba, a Operação Lava Jato – cujos
desdobramentos mais recentes implicaram diretamente oito ministros do governo Michel
Temer.
A condecoração – a mais
importante do Exército – foi entregue ainda a cerca de outros 100 homenageados.
O presidente Michel
Temer participou do evento, que durou uma hora. Ele permaneceu sentado a maior
parte do tempo e não cumprimentou os homenageados.
A Ordem do Mérito
Militar é uma condecoração dada a militares, cidadãos, organizações e
instituições que tenham prestado relevantes serviços ao Exército brasileiro. Os
nomes dos homenageados foram selecionados por uma comitiva liderada pelo Chefe
do Estado-Maior do Exército, Sérgio Etchegoyen. O aval final é do ministro da
Defesa, Raul Jungmann.
Segundo os critérios de
concessão do título disponível no site do Exército brasileiro, os homenageados
devem “distinguir-se no âmbito da Força, ou entre os seus pares, pelo valor
pessoal e pelo zelo profissional e ter prestado ao Exército ou à segurança
nacional serviços de relevância, em qualquer domínio”.
Ao abrir o evento, o
comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, chamou a atenção para a
“coincidência de crises extensas e profundas” pelas quais atravessa o país.
Destacou o “colapso da segurança pública”, “aguda crise moral, expressa em
incontáveis escândalos de corrupção”, “ineficiência” e ausência de “um mínimo
de disciplina social”.
“Este momento tão grave
não pode servir a disputas paralisantes; pelo contrário, ele exige, do povo e
de suas lideranças, a união de esforços que nos catalise o esforço de
regeneração, para restabelecer a esperança e a confiança que nos permita
identificar nossos objetivos comuns e reconstruir, a partir daí, o sentido de
projeto de nação que nos legaram os heróis de Guararapes”, disse o general.
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