Com área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacional, a Caatinga é um dos biomas do semiárido, junto do Cerrado. Engloba os estados Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais. O Semiárido brasileiro é formado por 1.133 municípios. A população total da região é de 22,6 milhões de habitantes, o que representa 12% da população brasileira. Hoje (28 de abril) é comemorado o Dia Nacional da Caatinga. A data foi instituída em 20 de agosto de 2003 por meio de um decreto federal publicado no Diário Oficial da União. A data homenageia o professor João Vasconcelos Sobrinho (1908/1989), pioneiro na área de estudos ambientais no Brasil.
No meio rural são 8,6 milhões, ou seja, 38% da população rural brasileira reside no Semiárido. Vivem de pequenos estabelecimentos e têm a agropecuária como principal atividade. Ao longo do ano, de acordo com as safras, os agricultores também coletam espécies nativas para se alimentar, vender ou processar, como uma forma de complementar a renda.
Conservação
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) trabalha com unidades de conservação, espalhadas por todos os biomas brasileiros. Hoje, é a principal ferramenta do governo para manter essas regiões sob constante cuidado. Ao todo, são mais de 2 mil unidades de conservação espalhadas pelo Brasil, sendo 327 do governo federal. São separadas em 12 categorias, que se encaixam em dois grandes grupos: o de Proteção Integral e o de Uso Sustentável (Veja quadro). As unidades são geridas pelo Instituto Chico Mendes, desde a IN 29/2012.
O documento contém as regras construídas e definidas pela população tradicional beneficiária da Unidade de Conservação de Uso Sustentável juntamente com o Instituto Chico Mendes quanto às atividades que são tradicionalmente praticadas, como deve se dar o manejo dos recursos naturais e o uso e ocupação da área, com o objetivo de conciliar as atividades com a conservação ambiental. No bioma Caatinga, são cerca de 30 unidades de conservação.
Riscos
Apesar da importância do bioma para o mundo, o desmatamento acelerado para o consumo de lenha nativa, explorada de forma ilegal e insustentável, para fins domésticos e industriais, chega a 46% da área do bioma, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA). A proposta do governo é criarnovas unidades de conservação, federais e estaduais, para promover alternativas para o uso sustentável da sua biodiversidade.
Dentro da Secretaria de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), junto do movimento Slow Food, o umbu está na lista dos alimentos que devem ser preservados, pois correm o risco de sumirem da mesa do consumidor. O umbu está em risco porque depois dá introdução da caprinovinocultura, principal fonte de renda das famílias, não nasceram mais pés de umbuzeiro de forma espontânea na Caatinga, e não dá para saber quanto tempo estas árvores resistirão. A Coopercur é uma das cooperativas reconhecidas pelo replantio dos umbuzeiros em algumas comunidades da Bahia.
Campanha da Fraternidade
Conscientizar-se da importância de conservar o meio ambiente virou tema da Campanha da Fraternidade (CF) 2017: Biomas brasileiros e diversidade da vida", com o lema "cultivar e guardar a criação”. A Secretaria de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead) publica uma série de matérias sobre os principais biomas brasileiros, e mostra como a inclusão produtiva dos agricultores, dos povos e das comunidades tradicionais ajudam a preservar esse universo. Leia mais aqui.
Conheça
A caatinga tem:
178 Espécies de mamíferos
591 Espécies de aves
177 Espécies de répteis
79 Espécies de anfíbios
241 Espécies de peixes
221 Espécies de abelhas
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