Mesmo
computando uma média de produção de 60 toneladas de minério por dia a
partir de operações subterrâneas e empregando cerca de 140 pessoas, a
Bodó Mineração poderá encerrar as atividades. O motivo? A morosidade do
Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande
do Norte (IDEMA) em conceder a licença ambiental.
De acordo com a direção da companhia, este tem sido o maior empecilho técnico que vem fragilizando as operações da mineradora.
Segundo
Maurício França, diretor e sócio da empresa, a Bodó Mineração solicitou a
renovação da licença ambiental junto ao IDEMA no dia 02 de março de
2016. Maurício comenta que a licença em questão teria expirado no dia 22
de setembro de 2016. Porém, ele argumenta ainda que a legislação do
setor garante o funcionamento das operações da empresa enquanto o órgão
responsável pela emissão da licença (IDEMA), não tenha emitido parecer
final, como é o caso.
Na última
segunda-feira (02 de abril), o setor jurídico da empresa protocolou
junto ao IDEMA o pedido para que fosse emitida uma certidão atestando a
validade da licença ambiental. O órgão ainda não se pronunciou. Além da
morosidade por parte do IDEMA, Maurício França aponta ainda as
dificuldades enfrentadas pela empresa diante da Prefeitura de Bodó.
O
diretor afirma que o executivo municipal tem se negado a conceder o
Alvará Municipal, documento que, segundo o gestor, garante a compra,
transporte e armazenamento de explosivos, material necessário na cadeia
produtiva do minério.
“O código
de postura do município solicita a Inscrição Estadual, o CNPJ, o mapa da
companhia e o Contrato Social. Não satisfeitos, solicitaram o laudo do
Corpo de Bombeiros e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) das
obras. Esses documentos foram disponibilizados à Prefeitura. Porém, o
pedido agora recaiu sobre o licenciamento ambiental que está há cerca de
um ano parado no IDEMA”, aponta Maurício França.
O
empresário comenta que os cerca de 140 funcionários da Bodó Mineradora
estão de licença remunerada por enquanto. No entanto, com a produção
paralisada desde o dia 31 de março, a empresa não poderá sustentar a
folha de pagamento por muito tempo. Maurício França diz lamentar a
situação, uma vez que o município de Bodó, que tem cerca de 2.400
habitantes, é diretamente beneficiado com a geração de emprego e renda
proveniente da mineradora.
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