SÃO PAULO - Gravações telefônicas obtidas pela Polícia Federal, no
âmbito do Operação "Carne Fraca", mostram que vários frigoríficos
vendiam carne estraga no Brasil e exterior. Segundo os áudios divulgados pelo G1, há casos mais "curiosos" como a inserção de papelão em lotes de frango e carne de cabeça na linguiça entre os produtos químicos e produtos fora da validade.
Em relação ao uso de carne proibida em lotes de
linguiça, a informação aparece no áudio entre um dos donos do
frigorífico Peccin, Idair Antônio Piccin, e sua mulher, Nair Klein
Piccin.
Esse, no entanto, é apenas um dos frigoríficos envolvidos na operação da
PF, que teve como alvo também JBS, BRF e Seara. Foram mais de 300
mandados judiciais cumpridos nesta manhã em 7 estados federativos. São
eles: São Paulo, Distrito Federal, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Goiás. Ao todo, foram 27 mandados de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão.
Os alvos da operação
Entre os presos estão executivos da BRF como Roney Nogueira dos Santos,
gerente de relações institucionais e governamentais, e André Baldissera,
diretor da BRF para o Centro-Oeste, informa a Folha. Já segundo o Estadão, executivos do frigorífico JBS foram presos. À Bloomberg, a JBS informou que não houve mandado na sede da companhia e que não há informação sobre a prisão de executivos da companhia.
De acordo com a PF, a operação detectou em quase dois anos de investigação que as Superintendências Regionais do Ministério da Pesca e Agricultura
do Estado do Paraná, Minas Gerais e Goiás ‘atuavam diretamente para
proteger grupos empresariais em detrimento do interesse público’.
Nenhum comentário :
Postar um comentário