Segundo estado, mortes
ocorreram na madrugada desta sexta (6).
Bope e PM estão no local, diz Secretaria de Justiça e Cidadania.
Bope e PM estão no local, diz Secretaria de Justiça e Cidadania.
Ao menos 33 presos
morreram na madrugada desta sexta-feira (6) na Penitenciária Agrícola de Monte
Cristo, a maior de Roraima, informou a Secretaria de Justiça e Cidadania
(Sejuc).
De acordo com nota da
secretaria, o Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a Polícia Militar (PM)
estão na unidade que fica na BR-174, na zona Rural de Boa Vista. Um
agente penitenciário, que não quis se identificar, disse ao G1 que as
mortes ocorreram por volta das 2h30 (4h30 de Brasília). A entrada da unidade
foi isolada na manhã desta sexta.
De acordo com o secretário
de Justiça e Cidadania, Uziel Castro, que está no local, não
houve rebelião e a matança seria de responsabilidade de presos do Primeiro
Comando da Capital (PCC) que estavam concentrados neste centro de detenção.
Ainda segundo o
secretário, não
foram encontradas, até o momento, armas de fogo no local, mas os corpos
estariam "destroçados" e diversos decapitados.
Equipes do Instituto
Médico Legal (IML) chegaram à unidade por volta de 8h25 (10h25 de Brasília)
para a retirada dos corpos.
Famílias aguardam para
informações
Dezenas de familiares de presos foram para a frente à Penitenciária Agrícola em busca de informações dos detentos mortos. Os parentes relataram ter ficado sabendo das mortes pela imprensa e redes sociais.
Dezenas de familiares de presos foram para a frente à Penitenciária Agrícola em busca de informações dos detentos mortos. Os parentes relataram ter ficado sabendo das mortes pela imprensa e redes sociais.
"Eu soube pela mídia
que ocorreram mortes no presídio e vim para cá. Vou ficar até que eu saiba o
que aconteceu lá dentro", disse Dorinha Dorentina, mãe de dois presos que
cumprem pena na unidade.
Parentes de detentos
também foram ao IML, em Boa Vista, em busca das identidades dos presos mortos.
Alerta emitido pelo
Amazonas
Na terça-feira (3), o Amazonas emitiu alerta para Roraima no intuito de avisar sobre possíveis confrontos entre presos nas unidades do estado. No domingo (1º), 56 presos foram mortos durante uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus.
Na terça-feira (3), o Amazonas emitiu alerta para Roraima no intuito de avisar sobre possíveis confrontos entre presos nas unidades do estado. No domingo (1º), 56 presos foram mortos durante uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus.
Confronto de facções
Em outubro, 10 detentos morreram na penitenciária agrícola durante um confronto de duas facções rivais e familiares foram feitos reféns. Alguns detentos foram queimados e outros decapitados. Na época, a polícia apontou 50 suspeitos. O número de mortos colocou Roraima em 9º no ranking de mortes violentas em presídios, conforme levantamento do G1.
Em outubro, 10 detentos morreram na penitenciária agrícola durante um confronto de duas facções rivais e familiares foram feitos reféns. Alguns detentos foram queimados e outros decapitados. Na época, a polícia apontou 50 suspeitos. O número de mortos colocou Roraima em 9º no ranking de mortes violentas em presídios, conforme levantamento do G1.
Mais de 1,4 mil presos
A Penitenciária Agrícola de Monte Cristo é a maior unidade prisional de Roraima e até outubro abrigava mais de 1,4 mil presos, o dobro da capacidade. O presídio é administrado pelo próprio estado.
A Penitenciária Agrícola de Monte Cristo é a maior unidade prisional de Roraima e até outubro abrigava mais de 1,4 mil presos, o dobro da capacidade. O presídio é administrado pelo próprio estado.
Veja a nota do governo na
íntegra:
A Secretaria de Justiça e Cidadania informa que nesta madrugada (dia 6) foram registradas 33 mortes na Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo).
A Secretaria de Justiça e Cidadania informa que nesta madrugada (dia 6) foram registradas 33 mortes na Pamc (Penitenciária Agrícola de Monte Cristo).
Esclarece que a situação
está sob controle e que o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da PMRR
(Polícia Militar) está nas alas do referido presídio.
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