Jornal Hoje obteve o plano
de voo da companhia que transportava a delegação da Chapecoense e sofreu um
acidente na madrugada de terça na Colômbia.
O Jornal Hoje obteve o plano
de voo da companhia LaMia que transportava a delegação da Chapecoense e sofreu
um acidente na madrugada de terça-feira (29) próximo a Medellín, onde a equipe
deveria disputar na quarta-feira (30) o primeiro jogo da decisão da Copa Sul-Americana.
Uma funcionária do
aeroporto de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, de onde partiu o avião em
direção a Medellín, disse às autoridades que alertou o representante da LaMia
de que a quantidade de combustível era insuficiente e que não seria possível
chegar a outro aeroporto no caso de uma emegência.
O relato foi feito às
autoridades depois do acidente. A funcionária foi afastada das funções na manhã
desta quinta-feira (1).
Combustível
O avião que caiu na Colômbia e matou 71 pessoas, incluindo a maior parte da equipe da Chapecoense, estava sem combustível no momento do impacto, de acordo com as descobertas iniciais de autoridades colombianas de aviação.
Os comentários de um
funcionário da autoridade de aviação civil da Colômbia na noite de quarta-feira
(30) confirmaram as palavras finais do piloto boliviano Miguel Quiroga para a
torre de comando no aeroporto de Medellín em áudio obtido pela mídia
colombiana.
"Quando chegamos ao
local do acidente e pudemos inspecionar os destroços, confirmamos que a
aeronave não tinha combustível no momento do impacto", disse o secretário
de segurança aérea da autoridade de aviação civil da Colômbia, Freddy Bonilla.
Em uma gravação das
palavras finais do piloto se pode ouvir ele dizer à torre de controle que o avião
estava em "falha total, falha elétrica total, sem combustível".
O piloto pediu permissão
urgente para aterrissar pouco antes de o áudio ficar mudo. O avião BAe 146,
produzido pela BAE Systems, bateu em uma área montanhosa perto da cidade de La
Unión, próxima a Medellín.
Somente seis pessoas a
bordo do voo da companhia boliviana LaMia sobreviveram, incluindo três
jogadores do time da Chapecoense que seguia para a final da Copa Sul-Americana,
no maior jogo da história da equipe. Além dos atletas, também sobreviveram um
jornalista e dois tripulantes.
Normas de voos
internacionais exigem que aeronaves levem combustível suficiente para que
possam voar por 30 minutos após chegarem ao destino final, caso tenham que voar
em círculos antes do pouso ou voar para outro aeroporto.
"Neste caso,
infelizmente, a aeronave não tinha combustível suficiente para cumprir as
normas para contingência", disse Bonilla em Medellín. "Uma das
teorias que estamos trabalhando é que por não termos encontrado combustível no
local da colisão ou nos tubos de alimentação, a aeronave sofreu queda por falta
de combustível".
Nenhum comentário :
Postar um comentário