A fabricante e dona desse colosso é a Antonov Airlines, que já transportou foguetes, cargas militares e geradores de energia
São Paulo – O maior avião do mundo, o Antonov An-225, está atualmente em solo brasileiro. Ele pousou hoje no aeroporto de Viracopos, Campinas, de onde voará para o aeroporto de Guarulhos.
O seu destino final é Santiago do Chile, para onde o avião está transportando um gerador de 150 toneladas de uma empresa de automação empresarial.
É a segunda vez que a aeronave pousa no Brasil: a primeira foi em 2010. A operação de carregamento deve ocupar o espaço de sete aeronaves, disse o comandante Miguel Dau, diretor de Operações da GRU Airport, à Veja São Paulo.
A fabricante e dona desse colosso é a Antonov Airlines, companhia aérea ucraniana de transporte de cargas. E não são cargas comuns: foguetes, cargas militares, refeições para um exército inteiro e geradores já voaram com seus aviões por todo o mundo.
Baseada no aeroporto de Gostomel, perto da capital ucraniana Kiev, é uma das poucas especializadas no transporte de grandes cargas, que não cabem em um avião tradicional.
Ela começou a operar em 1988, para fabricar e comercializar aviões gigantes de carga para a União Soviética.
A companhia aérea é uma subsidiária da Antonov StC, companhia estatal. Em 2015, foi transferida do Ministério de Desenvolvimento Econômico e Comércio para a Ukroboronprom, Indústria de Defesa da Ucrânia, também estatal.
Gigante nos ares
O avião Antonov 225, com 84 metros de comprimento, 18,1 de altura e 88,4 de envergadura, é único no mundo. Ele levou quatro anos para ser construído, de 1984 a 1988, para transportar o ônibus espacial soviético Buran.
Tem capacidade para carregar até 250 toneladas, muito mais que os concorrentes Boeing 747-800, que aguenta 140 toneladas e o Airbus 330, que leva até 65 toneladas.
Um segundo avião do tipo começou a ser construído. No entanto, com o colapso da União Soviética, em 1991 e o fim do programa do ônibus espacial, a fabricação foi cancelada.
A aeronave parou de voar em 1994, mas voltou a ser usada, depois de ser inteiramente reformada, em uma nova parceria. Em 2006, a Antonov se uniu à russa Volga-Dnepr Airlines em uma joint venture. Hoje, as duas empresas operam a frota de An-124 e o An 125.
Contratar os serviços do Mriya começam em cerca de US$ 300 mil, informa o site Airway. Além de grandes cargas comerciais, o An-225 também já foi direcionado para para operações humanitárias como, por exemplo, o terremoto no Haiti, em 2010, e o tsunami que atingiu o Japão, em 2011.
O pouso do avião em Viracopos foi transmitido pel Facebook do aeroporto.
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