Terremoto de magnitude 5.1
foi registrado na cidade de João Câmara.
Milhares de pessoas deixaram a cidade após desabamentos.
Milhares de pessoas deixaram a cidade após desabamentos.
Nesta quarta-feira (30),
há exatos 30 ano, a cidade de João Câmarax, localizada no Agreste potiguar,
vivia o maior abalo sísmico já registrado na região, com registro de atividade
sísmica de 5.1º da Escala Richter. Milhares de pessoas a sair de casa durante a
madrugada com medo de desabamentos. Os tremores danificaram milhares de
construções, desabrigaram mais de 10 mil pessoas e provocaram o êxodo para os
municípios vizinhos.
A grande quantidade de
tremores de terra que atingiu o município foi a mais estudada atividade sísmica
já observada no Brasil. O primeiro abalo foi registrado em Brasília, no dia 21
de agosto, alcançando magnitude 4.3. Nos dias 3 e 5 de setembro, foram dois
tremores. Um de 4.3 e outro de 4.4 graus na escala Richter, usada
internacionalmente para medir tremores e terremotos.
No dia 30 de novembro o
maior tremor, de 5.1 graus foi registrado, seguido de várias réplicas,
inclusive com magnitude 4.0. Tanto na zona urbana quanto na rural, grande parte
da população abandonou o município. Os tremores destruíram ou danificaram 4 mil
casas. O presidente da república e vários outros ministros visitaram a área
atingida. A imprensa nacional também acompanhou os fatos, inclusive montando
acampamentos na cidade.
“Foi um dia pesado, a
força da natureza em ação. Nós ficamos muito nervosos e preocupados”, relata
Roldão Dantas, que passou a noite com a filha, um bebê de colo, na rua. O
joãocamarense não abandonou a cidade, onde vive até hoje, mas milhares de
pessoas se mudaram de João Camara. O tremor deixou a cidade praticamente vazia.
Ainda hoje é um dos maiores sismos já registrados no Brasil.
O sismólogo Joaquim
Ferreira acompanhou o processo na época, esteve na cidade estudando os
tremores. “Mais de 10 mil pessoas deixaram suas casas, foi um evento
assustador”, afirma. O Nordeste é a região que mais sofre com abalos sísmicos.
Embora grande parte dos sismos brasileiros seja de pequena magnitude (4,5 graus
na Escala Richter), a história tem mostrado que, mesmo em “regiões tranquilas”
podem acontecer grandes tremores de terra.
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