Valores serão aumentados
em até 66%; veja exemplos.
Usar celular passará de infração média para gravíssima, de R$ 293,47.
As multas de trânsito
ficarão mais caras a partir do próximo dia 1º. O aumento é de até 66% e os
valores irão de R$ R$ 88 (infração leve) a R$ 293,47 (gravíssima).
Algumas infrações serão
agravadas: usar o celular ao volante, por exemplo, que é enquadrado como
"dirigir com apenas uma das mãos", passará de grau médio para
gravíssimo.
Assim, a multa saltará dos
atuais R$ 85,13 para R$ 293,47, e os pontos na carteira de habilitação subirão
de 4 para 7.
Ainda para o celular, o
texto da lei passa citar que é infração segurar ou manusear o aparelho. Assim,
o motorista que manda mensagens de texto ou fica olhando sites ou redes sociais
também poderá ser punido, mesmo quando estiver parado no semáforo.
Veja o que mudará nos
valores de multas a partir de 1º de novembro:
Infração leve
- De R$ 53,20 para R$
88,38 (aumento de 66%)
Exemplos: parar sobre a
faixa de pedestres ou calçada, usar a buzina em local ou horário proibidos pela
sinalização.
Infração média
- De R$ 85,13 para R$
130,16 (aumento de 52%)
Exemplos: transitar em
horário ou local proibidos (o "rodízio" em São Paulo, por exemplo),
dirigir com o braço para fora, farol ou lanterna queimados.
Infração grave
- De R$ 127,69 para R$
195,23 (aumento de 52%)
Exemplos: estacionar sobre
faixa de pedestres ou ciclovia, não dar seta, conduzir o veículo em mau estado
de conservação (pneu careca, por exemplo).
Infração gravíssima
- De R$ 191,54 para R$
293,47 (aumento de 53%)
Exemplos: falar ou
manusear celular ao volante, estacionar em vagas reservadas para deficientes e
idosos, dirigir sem carteira de habilitação.
Por que vai subir?
As multas básicas não
sofriam reajustes desde 2000, quando o antigo indexador do valor das multas
(Ufir) foi extinto. Em 2002, uma resolução fixou o valor atual em reais. Desde
então, não houve correção. As elevações que ocorreram foram para certas
infrações consideradas mais perigosas e por meio de um fator multiplicador.
O aumento foi anunciado
em maio último, com prazo de 180 dias para começar a valer. O Conselho
Nacional de Trânsito (Contran) ainda poderá corrigir os valores das multas
anualmente, com reajuste máximo dado pela inflação (IPCA) do ano anterior.
Recusa ao bafômetro
Quando a mudança entrar em
vigor, as multas mais pesadas, que são as infrações gravíssimas com
multiplicador de 10 vezes, passam a ser de R$ 2.934,70.
Este é o valor previsto
para quem é pego disputando racha ou forçando a ultrapassagem em estradas, por
exemplo.
Também poderá pagar o
valor máximo quem se recusar a fazer teste de bafômetro, exame clínico ou
perícia para verificar presença de álcool ou drogas no corpo.
Neste caso, se ele for
reincidente em menos de 1 ano, a multa será dobrada, chegando a R$ 5.869,40.
Usar celular passará de infração média para gravíssima, de R$ 293,47.
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